Chapter ten

Depois do jantar nós fomos pra sala de jogos e os dois foram jogar cs online enquanto eu e a Agatha falávamos com a Bi e a Vitória por facetime
Gustavo: ae Juninho, vocês vão sair amanhã que horas?
Júnior: sei lá mano - eu ri
Bianca: ele vai sair com quem? 
Eduarda: ãh? é...
Agatha: a gente vai no treino dele
Bianca: ah, tá, o Gu não vai?
Gustavo: vou po, vou depois porque vou pegar o Gil no aeroporto antes - eu agradeci mentalmente por eles terem respondido e o Júnior me olhou e mexeu a boca falando um "relaxa", eu disfarcei e assenti. Falamos mais um pouco com elas e desligamos - quase caguei tudo - gargalhou e eu ri
Agatha: ainda bem que eu sou rápida
Gustavo: ih, qual é, eu completei - rimos
Júnior: vacilão
Eduarda: ó quem fala - disse baixo, mas acho que ele escutou, porque me olhou e eu ri
Júnior: ai ai - a Agatha e o Gu riram. 
Fomos dormir já era quase meia noite. Antes eu combinei com o Júnior e íamos sair as quinze pras sete daqui, já que o procedimento estava marcado para as oito  da manhã.
Acordei com o meu celular despertando as seis e já desliguei pra não acordar a Agatha. Levantei da cama, fui ao banheiro, fiz minhas necessidades, higienes, tomei um banho rápido e saí do banheiro enrolada na toalha. Passei só um corretivo e rímel, peguei minha bolsa com minhas coisas, me certifiquei de que não estava esquecendo nada e desci de elevador. Fui até a cozinha e o Mauro (cozinheiro da casa) estava preparando o café já
Eduarda: bom dia Mauro
Mauro: bom dia maravilhosa - eu sorri
Eduarda: sabe se o Júnior já acordou?
Mauro: já sim, ele desceu na garagem
Eduarda: ah sim
Mauro: senta lá na mesa que eu já vou te servir - assim eu fiz e o Júnior apareceu - olha ele aí
Júnior: bom dia Du - veio até mim e deu um beijo na minha bochecha
Eduarda: bom dia - sorri e ele sentou ao meu lado
Júnior: dormiu bem?
Eduarda: tentei - ri e ele sorriu
Júnior: preparada?
Eduarda: eu sempre estou - ri - mas dessa vez é diferente, então não - ele riu
Júnior: só relaxa - eu sorri. Tomamos nosso café, depois nos despedimos do Mauro e descemos pra garagem - quer ir de Ferrari?
Eduarda: nem que me paguem, de manhã chama muita atenção - ele riu e pegou a chave de outro carro, desalarmou o mesmo e entramos. Fomos o caminho inteiro conversando e chegamos lá as 7h40. Me identifiquei ali na recepção e a moça disse pra eu aguardar um momento
Júnior: o que foi? - perguntou quando me viu balançando os pés
Eduarda: agora eu estou nervosa
Júnior: relaxa Dudinha , vai dar tudo certo - ri fraco
Eduarda: espero que sim - ri também - Júnior! - ele me olhou assustado porque falei um pouco alto - sua namorada sabe disso?
Júnior: que namorada?
Eduarda: a Bruna né, ela sabe dessa tua ideia? ela não achou ruim?
Júnior: Duda: eu não tô namorando
Eduarda: não?! - o olhei sem entender
Júnior: não, a gente tá junto, mas não é namoro, então ela não precisa saber, tá tudo bem
Eduarda: tem certeza? - acho que isso não vai dar certo - se você achar que ela vai ficar chateada com você a gente pode cancelar isso
Júnior: eu tenho certeza, fica tranquila - sorriu e a forma calma como ele falou me tranquilizou um pouco. A moça veio me chamar - vai sozinha? - eu assenti e fui acompanhando ela. Entramos numa sala e a doutora estava lá
Eduarda: bom dia - sorri e me sentei de frente pra ela
xxxx: bom dia - fez o mesmo - eu sou a doutora Catarina, eu que vou viabilizar a inseminação - eu assenti - você tem alguma dúvida sobre os procedimentos, cuidados?
Eduarda: não não, eu já fiz outras duas vezes
Catarina: e não deu certo? - me olhou estranho
Eduarda: não, infelizmente acabou não fecundando
Catarina: hm, difícil não conseguir assim né - olhou a ficha - Eduarda, só por precaução, eu vou pedir pra você só fazer um teste de ovulação e mais alguns exames que me mostrem que você está apta a realizar esse procedimento, ok? não vai demorar quase nada
Eduarda: tá, tudo bem - fiquei tranquila porque fiz esse mesmo procedimento na primeira tentativa. Ela me deu algumas instruções e eu sai com a auxiliar dela pra sala onde iríamos fazer os exames. Quando terminamos, vesti minha roupa e ela disse que em vinte minutos me chamaria de novo pra sabermos os resultados e se daria para fazermos tudo hoje. 
Voltei pra sala de espera e me sentei ao lado do Júnior
Júnior: o que foi?
Eduarda: pediu exames e teste de ovulação antes de começar tudo
Júnior: demora?
Eduarda: ela disse que chama em vinte minutos - ele assentiu
Júnior: você tá tranquila?
Eduarda: aham, já fiz isso na primeira vez - sorri de canto - você tem treino hoje?
Júnior: só de tarde, depois das duas
Eduarda: se for te atrapalhar a gente deixa pra outro dia
Júnior: você esqueceu que foi eu que planejei tudo? relaxa - eu ri, essa é a palavra que ele mais fala pra mim
Eduarda: muito controlador você - ele riu - e você, tá tranquilo?
Júnior: nem um pouco, tô nervoso demais porque pesquisei como era feita a extração - eu gargalhei - o que? tenho medo dessas coisas
Eduarda: só relaxa - imitei ele, que acabou rindo
Júnior: usando minha fala contra mim - rimos e a moça veio me chamar de novo - quer que eu vá?
Eduarda: não, fica aí relaxando - ele riu e eu fui de novo. Entrei na sala e me sentei - e aí?
Catarina: então Eduarda, houve uma pequena alteração em um dos exames - disse enquanto olhava num ipad e eu desanimei - mas nada que impeça de fazermos hoje, é o que você quer mesmo?
Eduarda: claro que sim
Catarina: você sabe que ele não pode ter nenhum grau de parenteso com você né?! - eu assenti - nele nós só vamos fazer um exame de sangue porque é o procedimento padrão e vamos dar uns papéis pra vocês assinarem tá
Eduarda: tudo bem - assenti. Ela escrevia lá na tela e quando parou, os papéis foram saindo da impressora
Catarina: olha, esse aqui você entrega pra ele assinar e esse você assina - me entregou e eu assenti - a Paola daqui a pouco vai até lá chamá-lo para o exame de sangue e recolher os documentos - eu assenti
Eduarda: ok - me levantei - ela que vai me chamar também?
Catarina: isso - eu assenti e saí da sala, indo para o lado do Júnior de novo
Júnior: tudo certo? - me olhou apreensivo
Eduarda: sim, graças a Deus - sorri e ele sorriu também - isso aqui é pra você ler e assinar - o entreguei e sentei - você vai ter que fazer um exame de sangue tá - ele me olhou
Júnior: sério?
Eduarda: sério - ri - mas é tranquilo isso
Júnior: de boa - assinamos os papéis, que nada mais eram do que termos de responsabilidade e isenção da clínica em caso de atrito entre as partes em relação ao procedimento e a Paola veio pegar
Paola: você pode me acompanhar, por favor? - falou pro Júnior, que me olhou, levantou e foi com ela. Ele voltou menos de dez minutos depois já com o curativo no braço
Eduarda: foi tudo bem?
Júnior: foi - se sentou - ela disse que em vinte minutos tá pronto e já devem te chamar pra preparação
Eduarda: e você?
Júnior: eu também - riu
Eduarda: não quer desistir não? ainda dá tempo, olha o trabalho que você está tendo - ele me olhou
Júnior: para né, relaxa aí - não falei mais nada. Passados os vinte minutos, a Paola veio ali, levou o Júnior pra uma sala, depois voltou e foi comigo até a sala onde ocorreria o procedimento. A doutora Catarina já estava lá
Catarina: bom Eduarda, você já sabe como funciona né - assenti - nós aqui temos um método quase nada invasivo e você vai se sentir super bem, ok? - eu assenti - o processo é simples e você pode me falar se te incomodar
Eduarda: tudo bem
Catarina: só vou pedir pra você ir naquela porta e colocar o avental e a touca, por favor - entrei na salinha, me vesti e voltei pra sala. O pessoal colocou uns aparelhos lá em mim pra me monitorar, com a pressão e etc, a Catarina foi conversando comigo e me dando algumas instruções, eu ia tirando algumas dúvidas que surgiram e entrou um rapaz com um pacote - o material já foi preparado tá - eu assenti - deita aqui por favor, nós vamos preparar tudo - me deitei na maca, coloquei minhas pernas no apoiador e relaxei [...] o procedimento foi realmente bem rápido e eu estava me sentindo super bem. Tive que ficar por quarenta minutos deitada na maca depois do procedimento finalizado e aí fui colocar minha roupa de volta. Me vesti e voltei pra sala da Catarina
Catarina: olha Eduarda, as primeiras 48 horas são de extrema importância pra obtermos êxito no nosso objetivo tá - eu assenti - eu vou te pedir pra fazer repouso nessas 48 horas, não absoluto, mas evita se esforçar muito, se movimentar muito, tipo dançar, correr, pular, não se estressa também 
Eduarda: tá ok
Catarina: aí de uma semana a dez dias você pode fazer um exame de sangue, teste, o que você achar melhor pra saber se deu certo, ou se preferir, você pode voltar aqui pra descobrirmos juntas
Eduarda: pode deixar doutora, obrigada pelo atendimento e pela simpatia, me ajudou bastante - ri
Catarina: eu que agradeço a confiança - sorriu
Eduarda: bom - me levantei - obrigada então - apertei a mão dela
Catarina: eu que agradeço - sorriu de novo e eu saí da sala, encontrando o Júnior ali na porta
Eduarda: ué - ri o olhando
Júnior: e aí? - disse apreensivo e olhou pra minha barriga, eu ri fraco
Eduarda: foi tudo bem e eu posso saber o resultado dentro de uma semana a dez dias - ele ficou parado me olhando - vamos indo - ri e ele saiu do lugar
Júnior: mas você vai ter que voltar aqui?
Eduarda: não necessariamente, posso descobrir em casa ou num laboratório lá no Brasil mesmo - ele assentiu - por falar em Brasil, vou ter que adiar minha ida amanhã
Júnior: por que? - entramos no estacionamento
Eduarda: 48 horas de repouso sem grandes esforços - revirei os olhos - o ruim é que eu acho que a Agatha tem que voltar amanhã de qualquer jeito - ele desalarmou o carro
Júnior: não tem problema, o Gu vai com ela até o aeroporto - entramos no carro - eu ia te chamar pro treino, mas você não pode - deu partida
Eduarda: posso sim
Júnior: não pode, você vai ficar em casa deitada... ainda bem que lá tem elevador - eu ri
Eduarda: Júnior, eu não tô doente tá
Júnior: eu sei, mas isso tem que dar certo, então você não vai no treino - olhei no relógio e já era quase meio dia - ia te levar pra almoçar também, mas nem dá
Eduarda: dá sim, Neymar, não é esforço - ele riu
Júnior: falei de comida ela me chama de Neymar - eu ri e dei um tapa na perna dele - olha, não faz isso, é um movimento brusco - eu ri
Eduarda: como é besta - ele riu - foi tranquilo? - ele me olhou rápido
Júnior: o negócio lá? - eu ri
Eduarda: é
Júnior: foi, abri seu instagram pra me ajudar
Eduarda: menino?! - o olhei sem acreditar e ele gargalhou - eu hein
Júnior: brincadeira, eles dão umas coisinhas lá pra estimular
Eduarda: tá, não quero saber - rimos. Fomos conversando e ele parou em um restaurante. Entramos lá, nos levaram pra uma mesa mais reservada e íamos fazer o pedido
Júnior: um vinho? - eu o olhei
Eduarda: sério? - ele me olhou sem entender - Júnior!
Júnior: porra, verdade - riu - esqueci - eu ri e neguei com a cabeça - suco então?
Eduarda: melhor do que vinho né - ele riu, pediu lá, o rapaz saiu e ficamos conversando
[...]
Chegamos na casa del já era 13h15, subimos e a Agatha e o novo estavam assistindo filme na sala
Júnior: opa - eles nos olharam
Gustavo: nossa, demoraram - pausou o filme
Agatha: deu certo?
Eduarda: o procedimento sim, o resto só saberemos depois - abri a garrafinha de água que estava na minha mão e me sentei ao lado dela bebendo
Agatha: eu acho que vocês deveriam ter tentado do jeito tradicional - eu engasguei com a água e quase cuspi tudo - eita - riu e eu a olhei
Eduarda: cala a boca - os meninos riram
Agatha: não ia pagar nada - eu coloquei a mão no rosto
Júnior: acho que seria mais fácil viu - se jogou no sofá e eu o olhei, o Gustavo riu
Eduarda: que isso? - ele gargalhou
Gustavo: foi difícil Juninho? - perguntou rindo
Júnior: porra
Eduarda: vamos mudar o assunto, vamos? - eles riram - você não tem treino? - disse o olhando
Júnior: tenho - levantou - vou me trocar, não deixem ela fazer esforço viu, quarenta e oito horas de repouso
Agatha: como assim? você não vai poder viajar amanhã então? - eu fiquei a olhando
Júnior: ela vai ter que ficar, Agathinha - eu ri por ele chamar ela assim
Agatha: e como eu vou fazer? segunda eu trabalho
Gustavo: eu te levo no aeroporto po, sem problemas
Eduarda: pode ser, amiga?
Agatha: claro né - o Júnior subiu
Eduarda: desculpa tá, eu não sabia
Agatha: tá doida? tá tudo bem, eu só vou mesmo porque tenho que trabalhar - eu assenti. Ficamos conversando, o Júnior desceu, se despediu da gente e foi pro treino
Eduarda: e aí, o que vamos fazer?
Gustavo: ué, nada, Juninho falou que você tem que ficar de repouso - eu revirei os olhos
Eduarda: eu não estou doente
Agatha: fica quietinha, vamos voltar a assistir o filme, tá legal - não falei nada porque não adiantaria contrariar os pupilos de Neymar Júnior [...] depois do jantar, ficamos conversando um pouco e eu e a Agatha subimos pra dormir. Entramos no quarto e eu me sentei na cama - quase fiquei com o Gustavo
Eduarda: é o que? - falei um poco alto e coloquei a mão na boca
Agatha: não grita idiota - eu ri
Eduarda: me conta
Agatha: a gente tava conversando sobre o Matheus, aí eu chorei, ele me deu alguns conselhos e acho que rolou um clima
Eduarda: e por que não ficaram?
Agatha: o Mauro chegou na hora pra falar do almoço - riu - mas ainda bem, não tõ preparada pra me envolver com ninguém agora
Eduarda: fariam um belo casal - ela me encarou e eu ri
Agatha: você e o Neymar também - eu fiquei séria e foi a vez dela de rir
Eduarda: parei com você
Agatha: obrigada - revirei os olhos [...] nos preparamos pra dormir, mandei mensagem pra minha mãe e pro Cadu e dormi rápido. 
No outro dia acordamos cedo porque eu queria me despedir da agatha. Como o Júnior tinha treino, o Gustavo levou ele e depois foi levar a Agatha no aeroporto. Não deixaram eu ir por motivos de: Neymar Júnior exagerando no meu repouso, fui proibida de sair de casa. Gostei? não, é óbvio! mas não podia fazer nada, então fiquei em casa.
Depois que eles saíram, eu ajudei o Mauro com a louça e dei meus pitacos no que ele poderia preparar pro almoço [...] o Gu chegou e eu fui com ele pro escritório, porque ele iria mandar uns e-mails lá da empresa do Neymar pai (a NN) e eu não queria ficar sozinha mais
Gustavo: deita aí no sofá - disse se sentando na mesa do escritório
Eduarda: deitar pra que? eu hein - me sentei enquanto ele ligava o notebook
Gustavo: repouso minha filha - eu o olhei - Juninho que mandou
Eduarda: ele não manda nem no próprio nariz - ele riu
Gustavo: ow, por falar nele, acredita que ele achou que a gente tava se pegando? - eu o olhei
Eduarda: ué - ri e ele me acompanhou - baseado em que?
Gustavo: essa foi minha reação - rimos - ele viu a gente conversando quando te contei do Coimbra lá na Bahia - riu - veio perguntar como a gente tava - rimos
Eduarda: nossa, isso explica algumas coisas - pensei alto
Gustavo: tipo o que?
Eduarda: nada não, esquece - ri - mas enfim - ri de novo, só que com indignação - que merda cara

Gustavo on
Já que falei do ene jota, quis soltar pra ela pra ver se ela falava algo em relação a isso também, acho que ela gosta dele. A reação dela não foi bem a que eu esperava, mas o "isso explica algumas coisas" que ela soltou, já foi algo interessante
Eduarda: mas enfim - riu mais uma vez, mas parecia nervosa - que merda cara
Gustavo: é - fiquei a olhando - você desceu pra ir atrás dele né - ela me olhou e percebi que ficou meio tensa
Eduarda: que? - riu nervosa
Gustavo: eu não vou falar pra ele Dudinha
Eduarda: ai Gu, é difícil falar disso, ainda mais com você
Gustavo: ele me contou que vocês ficaram aquela vez
Eduarda: contou?
Gustavo: sim, depois de muito tempo, mas contou - ri
Eduarda: é... - eu fiquei a olhando - para de me olhar assim - eu ri
Gustavo: assim como?
Eduarda: um olhar desafiador - eu gargalhei e ela riu
Gustavo: para - joguei a almofada nela - fala aí, você foi né?!
Eduarda: fui, mas foi impulso, eu queria que ele ficasse lá, mas as coisas aconteceram como tinha que ser, ele tá com a Bruna e tá tudo bem - eu a olhei querendo falar sobre o que conversei com o ene jota, mas eu não ia expor pra ela sem poder expor a conversa de hoje pra ele também
Gustavo: é... - não falamos mais nada e eu continuei meu trabalho
Gustavo off

Quando o Gu terminou, saímos do escritório e demos de cara com o Júnior
Eduarda: oi - ri
Júnior: oi - riu também e deu um beijo na minha bochecha - como você tá?
Eduarda: bem - sorri
Júnior: ela ficou de repouso? - perguntou ao Gu e tocou na mão dele
Gustavo: ficou, mesmo sem querer - riu - fui no escritório e ela ficou lá deitada no sofá - o olhei e ele piscou, eu ri
Júnior: muito bem - eu revirei os olhos - parou hein - eu ri
Gustavo: vou no banheiro e já volto - saiu dali e o júnior ficou me olhando
Eduarda: o que? - o encarei
Júnior: preciso falar com você - eu ergui a sobrancelha
Eduarda: sobre?
Júnior: uma coisa - ah legal
Eduarda: fala
Júnior: entra aqui - abriu a porta do escritória, entramos e ele fechou a porta. Eu estava tranquila, mas aí meu coração disparou
Eduarda: e aí - o olhei e ri nervosa
Júnior: por que você tá nervosa? - riu fraco
Eduarda: não tô
Júnior: tô vendo - me encarou - quero te perguntar uma coisa e preciso que você seja sincera - ah não
Eduarda: ãh - pedi pra ele continuar
Júnior: quando... eu fui pra Noronha - ai, minha mão começou a suar - você desceu do quarto pra ir atrás de mim?
Eduarda: por que quer falar disso agora? - ri nervosa
Júnior: eu só quero saber isso, me fala
Eduarda: tá, eu fui, mas enfim, aconteceu o que tinha que ter acontecido e tá tudo bem
Júnior: eu só fui pra Noronha porque achei que você e o Gu estavam ficando
Eduarda: ele me falou que você achou que estivéssemos ficando, mas nós nunca tivemos nada
Júnior: é, eu sei - ficou me olhando - eu te perguntei se eu podia ir de boa, Duda
Eduarda: vamos voltar pra lá? isso já passou
Júnior: mas - o interrompi
Eduarda: Júnior, por favor, não - eu não queria entrar nisso porque eu já tinha dado por resolvida essa história, eu estava tranquila, mas aí o Gu veio com aquilo, ele vem falar agora e eu não sei o que fazer. Eu não quero que isso se torne um assunto mal resolvido e nem que a gente confunda as coisas, principalmente agora que ele (caso dê certo) vai ser o "progenitor" do meu filho. Não seria legal.
E agora tô pensando que eu poderia ter falado tudo isso pra ele, mas eu não consigo, então vamos deixar assim mesmo
Júnior: tá bom? - o olhei depois de ele me tirar desse transe
Eduarda: o que?
Júnior: eu não quero que você fuja de mim por isso, nós somos amigos e você pode continuar me tratando como sempre
Eduarda: ah, tá, claro, aham - sorri nervosa - agora a gente pode voltar?
Júnior: claro, vamo lá - sorriu de canto e fomos saindo. O Gu estava passando, nos olhou e fez uma cara estranha. eu ri e fomos pra sala.

Santos, 30 de janeiro de 2018 (terça-feira)
Voltei da casa do Júnior na terça-feira, dia 23 e foi tudo bem. Ele passou essa semana inteira preocupado comigo, querendo saber como eu estava me sentindo e, eu achei fofo da parte dele. Eu ando sentindo umas coisas, mas não me animo muito porque das outras vezes era só psicológico, então não falei pra ele. 
Hoje vou fazer um teste e já marquei também um exame de sangue com a minha médica aqui no Brasil. Dependendo do que der, eu falo pro Júnior no domingo, que vai ter a festa de aniversário dele em Paris.
Hoje estou de folga, graças a Deus, eu mesma me dei ela porque estava me sentindo meio cansada
Ester: vai poder ficar em casa comigo então né
Eduarda: em partes né, tenho médico pra ver se deu certo
Ester: você não ia fazer o teste?
Eduarda: vou fazer, mas eu quero ter certeza com o exame
Ester: eu quero saber qual o perfil do doador - é, eu não falei que ela conhece o doador e que ele é o Júnior, ela me acharia louca por aceitar
Eduarda: ai mãe, já falei que é moreno, olho meio esverdeado...
Ester: tá, quero saber tipo sanguíneo, profissão e etc
Eduarda: não faço questão de ver isso não, você sabe
Ester: ah, mas eu gosto de saber
Eduarda: é, eu sei, mas dessa vez foi bem rápido
Ester: achei legal você ter aceitado o dinheiro com o Neymar, mesmo que tenha recusado meu e do seu pai antes - tive que inventar uma desculpa pra minha ida a Paris e o Júnior estar metido nisso
Eduarda: mas com ele é empréstimo, vocês não iam me deixar devolver depois, e ele vai
Ester: tá ok - ficamos conversando, tomamos café da manhã e eu fui me arrumar enquanto minha mãe ligava na farmácia pra pedir um teste de farmácia pra mim. Estava terminando meu cabelo e ela entrou no quarto - pedi dois - disse tirando da sacola - toma - me entregou
Eduarda: tô nervosa - a olhei - esse aparece no visor né?! - disse abrindo
Ester: isso, vai lá - eu a olhei - vai logo Eduarda - estava mais ansiosa que eu. Na verdade eu estava ansiosa, mas não queria me empolgar tanto porque no fim o problema pode ser eu né. Fui até o banheiro, fiz o procedimento das instruções e voltei pro quarto - e aí? 
Eduarda: tem que esperar três minutos - disse com eles na mão e fiquei esperando
Ester: filha, já não deu? - eu estava de olhos fechados
Eduarda: não sei - olhei pros testes e em ambos estava "grávida 1-2" que era de uma a duas semanas 
Ester: filha - a olhei e ela estava sorrindo - deu certo - me levantou da cama e me abraçou - parabéns meu amor - eu não conseguia reagir, estava receosa, ainda tinha medo - Duda?!
Eduarda: oi - a olhei e sorri nervosa - é de verdade? - meus olhos encheram de lágrima
Ester: é, filha - sorriu chorando
Eduarda: eu tô com medo, não quero comemorar antes do exame de sangue, a frustração vai doer se isso estiver errado
Ester: filha, esses testes são super tecnológicos, os dois deram resultados iguais, você está grávida
Eduarda: ai mãe - a abracei de novo - mas eu preciso confirmar, ok? depois a gente comemora
Ester: ok - nos soltamos - vai ser da forma que você preferir - eu sorri assentindo
Eduarda: obrigada - sorrimos - vamos?
Ester: vamos - guardei os testes, peguei meus documentos e descemos. Nos despedimos da Cida e saímos com os seguranças da minha mãe nos acompanhava.

FELIZ 2020!!

Que esse ano vocês continuem firme aqui comigo!

Comentem aí, beijos...