domingo, 29 de novembro de 2020

Chapter seventy nine - special Henry ♡


Meu pai foi razoavelmente rápido e chegamos ao hospital em pouco menos de 20 minutos
Cadu: consegue descer? - eu assenti e desci do carro com a ajuda dele, minha mãe desceu também e meu pai foi o último, que já alarmou o carro
Ester: vem - me abraçou de lado e fomos entrando - senta ali que eu vou na recepção perguntar da Patrícia - não havia quase ninguém ali e eu agradeci mentalmente por isso. Me sentei em uma das poltronas e o Cadu ficou comigo enquanto meu pai acompanhou minha mãe
Eduarda: ahhh - praticamente gritei de dor e o Cadu me olhou - meu Deus - pressionei meus lábios
Cadu: segura minha mão - estendeu a mesma e eu a apertei - respira fundo - eu fiz e fui me recompondo
Ester: a Patrícia está aí, daqui a pouco a enfermeira vem te buscar
Eduarda: tá - assenti. Ficamos menos de cinco minutos ali e enfermeira, Alana, que eu já havia conhecido, apareceu
Alana: oi Duda - sorriu - como você tá se sentindo?
Eduarda: péssima - ela riu - eu não aguento mais essa dor
Alana: você consegue andar? a gente precisa monitorar tudo direitinho pra saber da sua evolução
Eduarda: eu acho que consigo sim - meu pai me ajudou a levantar e foi me abraçando de lado até entrar na sala com a Alana
Alana: quer que alguém fique com você? - me olhou
Eduarda: você fica? - perguntei a minha mãe
Ester: claro que fico - meu pai e o Cadu dedam um beijo na minha testa e saíram dali
Alana: Duda, a Patrícia falou que você tá sentindo as contrações já - eu assenti - desde que horas? - eu estava completamente perdida, então olhei pra minha mãe como se eu fosse uma criança e estivesse passando no médico, esperando ela responder por mim
Ester: acho que desde umas três e meia da tarde, isso as contrações mesmo, porque a dor nas costas ela já estava sentindo mais cedo - ela assentiu enquanto escrevia no tablet em sua mão
Alana: a gente vai fazer alguns exames pra saber como vocês estão e se tem dilatação - eu assenti de olhos fechados porque tive outra contração. Fiz alguns exames de sangue e de imagem e também ouvimos o coração do Henry. Ela fez o exame de toque pra saber da dilatação e eu estava só com 3cm. Posso voltar a chorar?
Alana: Duda, os resultados dos exames vão lá pra Patrícia e assim que estiverem com ela, ela vai te chamar - eu assenti - se você precisar de qualquer coisa, me avisa - eu agradeci e nós saímos da sala indo pra uma outra sala de espera, que era em frente à da Patrícia
Otávio: ela não falou nada?
Ester: só falou que está com três centímetros de dilatação
Cadu: só isso? - eu assenti enquanto deitava a cabeça do ombro dele

Junior on
Como eu disse, a viagem mais longa da minha vida. Estamos voando a umas quatro horas e meia e parece que não vai chegar nunca
Jota: para de roer unha mano - puxou meu braço - vai chegar no Brasil sem dedo até
Junior: me deixa Jota
Gil: a Ester falou mais alguma coisa? - me olhou
Junior: não, só falou de quando chegaram no hospital, que a Duda tava com três centímetros de dilatação e depois falou que eles iam deixar ela no quarto enquanto não chega em dez
Gil: caralho mano, a Dudinha deve estar sofrendo demais hein
Jota: ela tá desde que horas nisso?
Junior: sei lá, a hora que ela me mandou mensagem falando que ia pra São Paulo era umas duas e pouco da tarde no Brasil, mas ela disse que tava indo só por precaução
Gil: porra, agora já são oito e trinta e seis lá mano, ela tá todo esse tempo com dor? ela deve estar mal
Junior: nem fala mano, era pra eu estar com ela lá
Gil: relaxa mano, vai ser como tiver que ser
Jota: é isso Juninho, o negócio é esperar, tá tudo bem com eles, não tá?
Junior: a médica dela disse que sim né, mas estando longe é foda pra caralho - disse preocupado e fiquei pensando em como ela deve estar lá. É óbvio que seria ótimo meu filho não nascer agora porque eu quero estar perto, mas saber do sofrimento da Eduarda sem estar por perto é foda pra mim. Inclinei minha poltrona pra ver se eu conseguia dormir pelo menos nessas 4, 5 horas restantes de voo
Junior off


O tempo foi passando e depois de duas horas aqui no hospital, avançamos pra 4 centímetros de dilatação. É uma evolução? sim, me acalma? não, mas parece que as coisas estão fluindo e eu só quero que isso acabe logo. Já estou no quarto e aqui tem tudo o que eu preciso, bola de parto, banheira e etc. A decoração também já está feita e parece que minha ficha ainda está caindo
Cadu: o pessoal tá aí - entrou ali no quarto enquanto eu andava de um lado pro outro pra ajudar na dilatação
Eduarda: que pessoal? - parei e o olhei
Cadu: Ágatha, Bianca, Rafa, Nadine, Cabeça, Gu, Cris
Eduarda: não acredito - ri negando - eles são doidos, você falou que tá tudo muito lento aqui?
Cadu: falei, mas eles querem esperar né
Ester: Otávio, você não quer ir pro apartamento do Junior? vai descansar um pouco, você ficou de plantão a noite inteira já, quando for evoluindo aqui eu te ligo - meu pai me olhou, olhou pra ela e ficou em silêncio. O cansaço dele era nítido (e o meu também), mas também era nítido que ele queria continuar ali
Eduarda: vai pai, descansa porque pelo jeito aqui ainda vai demorar
Otávio: eu vou pra lá então, durmo umas duas horinhas e volto - se levantou do sofá que havia ali - vai dar tudo certo tá - me deu um abraço do jeito que dava e beijou minha testa - vem logo moleque - beijou minha barriga e eu sorri
Cadu: vou contigo até lá embaixo - meu pai se despediu da minha mãe e eles saíram
Ester: como tá aí?
Eduarda: doendo muito, mas pelo menos saí dos três centímetros - eu não estava aguentando a dor, mas também não conseguia chorar, acho que travou tudo aqui dentro
Ester: você precisa descansar também né filha
Eduarda: eu vou ver se eu consigo dormir um pouco, que horas são?
Ester: dez e vinte - eu revirei os olhos - vem, deita - me ajudou a deitar na cama e eu fiquei de lado - quer cobrir? - eu assenti e ela me cobriu. Tentei dormir um pouco, até cochilei, mas não dava - vou colocar uma musica pra ajudar - mexeu lá no celular e começou a tocar “Anunciação - Alceu Valença”. Me lembro que ela cantava essa musica quando eu era pequena
Eduarda: aí eu vou chorar - a olhei e ela riu - na bruma leve das paixões que vêm de dentro, tu vens chegando pra brincar no meu quintal - sorri e ela fez o mesmo. Incrível como essa musica me passou uma calma surreal e eu fui relaxando, até dormir. Acordei sei lá quanto tempo depois com uma dor insuportável - pelo amor de Deus, me ajuda a levantar aqui - fiz uma cara de dor e o Cadu veio rápido até mim me ajudando a ficar sentada na cama, olhei pro lado e minha mãe dormia na poltrona
Cadu: contração de novo? - eu assenti e saí da cama com ajuda dele
Eduarda: na próxima vida eu quero nascer homem - ele riu e me abraçou de lado
Cadu: vai dar tudo certo Du - se passaram uns quatro minutos e eu senti outra contração
Eduarda: ahhh - praticamente gritei e o Cadu segurou minha mão, eu apertei a mesma e fechei os olhos
Ester: o que foi? - levantou assustada
Cadu: contração
Ester: eu vou chamar a Patrícia - foi saindo do quarto
Eduarda: Cá, eu não vou aguentar - comecei a chorar. Eu já estava exausta, era dor, cansaço, vontade de ter o Junior por perto e etc. acho que foi um combo de tudo
Cadu: você vai aguentar sim, calma, vai dar tudo certo
Eduarda: por que tem que ser assim Cadu? isso é horrível
Cadu: pensa na parte boa, isso tudo é pelo Henry - eu fiquei em silêncio ainda chorando
Eduarda: que horas são? - dei alguns passos ali no quarto
Cadu: meia noite e meia
Eduarda: eu tô a nove horas nisso, não é possível - neguei com a cabeça e minha mãe entrou ali com a Patrícia e a Alana
Patrícia: oi Duda, como você tá?
Eduarda: quase desistindo de tudo - ela riu fraco
Patrícia: vamos ver como tá a dilatação? - eu assenti de olhos fechados quando senti outra contração. Elas prepararam tudo ali novamente e eu me deitei lá - a barriga já está bem dura hein - disse enquanto apalpava a mesma. Ela fez o exame de toque e falou algo com a Alana - cinco centímetros Duda - tirou a luva
Eduarda: não é possível isso - olhei pra cima
Ester: fica calma filha
Patrícia: os cinco primeiros centímetros são os mais demorados Duda, vai ser um pouco mais rápido agora - ela falou mais algumas coisas lá e eu nem fiz questão de prestar atenção em nada, mediu minha pressão, ouvimos de novo os batimentos do Henry estava tudo bem - quando você se sentir confortável, dá uma volta pelo corredor, vai fazer bem e vai agilizar esse processo tá?! - eu assenti e me sentei na cama - qualquer coisa você nos chama de novo tá Ester, se avançar mais um pouco nós vamos aumentar o monitoramento - minha mãe assentiu e elas saíram do quarto
Ester: eu vou ligar pro pessoal da decoração do quarto tá
Eduarda: tá e vê se o Júnior tá vindo, por favor
Ester: eu vejo - assentiu e saiu do quarto
Eduarda: você tá esperando teu pai é, filho? - disse passando a mão na barriga - aaai - falei alto e apertei o lençol da cama
Cadu: respira Du - passou a mão na minha cabeça
Eduarda: eu tô respirando Cadu! - disse irritada já e ele ficou quieto - desculpa - comecei a chorar - eu não tô aguentando mais
Cadu: se quiser me xingar pra botar isso pra fora, manda bala - eu ri fraco tentando secar o rosto e minha mãe entrou no quarto
Ester: o pessoal da decoração já está vindo e eu não consegui falar com o Junior, tá fora de área - eu fechei os olhos e neguei com a cabeça - vem, vamos dar uma volta no corredor - me ajudou a descer da cama e eu coloquei o chinelo
Cadu: vou aproveitar pra falar com o pessoal
Eduarda: onde eles estão?
Cadu: na sala de espera aqui do lado
Eduarda: acho que eu posso ir lá né
Ester: acho que sim - assentiu. Eu estava me sentindo horrível com aquele avental do hospital, mas precisava distrair - vamos lá - saímos os três do quarto e fomos andando devagar até a sala ao lado
Cris: cadê o moleque? - eu ri quando eles se levantaram
Ágatha: é cego agora - eles riram - como você tá? - me deu um beijo
Eduarda: querendo desistir, não aguento mais sentir dor - disse desanimada - oi Bi - dei um beijo nela
Bianca: é cansativo né amiga - passou a mão na minha barriga
Eduarda: eu tô exausta
Nadine: vai valer a pena, Duda - me deu um abraço apertado e eu já fiquei com vontade de chorar de novo
Neymar: vai dar tudo certo - deu um beijo na minha testa e eu sorri de canto me afastando da Nadine
Cris: aguenta aí que o mascote quer a liberdade dele - rimos e ele me deu um beijo na bochecha
Eduarda: é o que eu mais quero também - disse chegando perto do Gustavo e ele abriu os braços, eu sorri de canto e o abracei
Gustavo: você é guerreira demais Dudinha, vai dar tudo certo - deu um beijo na minha testa
Cadu: cadê a Rafa?
Nadine: foi ao banheiro - ele assentiu
Eduarda: ui - soltei mais contido e apertei o braço do Gustavo
Ágatha: cancela filho pra mim, não quero - disse de uma forma engraçada e eu acabei rindo - não ri, eu não ia aguentar isso não, fiquei arrepiada só de te ver assim
Ester: não é igual né Ágatha - riu
Ágatha: nem precisa - o Gustavo riu e a Rafa apareceu ali
Rafa: oi cu - me abraçou - como você tá?
Eduarda: sofrendo - ela riu e deu um beijo na minha bochecha
Rafa: vai ficar tudo bem - nos afastamos - conseguiu falar com o Ju?
Eduarda: não, minha mãe tentou agora a pouco mas estava fora de área
Nadine: ele não deve demorar, acho que ainda vai conseguir te dar uma força
Eduarda: eu agradeceria muito, principalmente se ele chegasse rápido - eles riram acho que pela forma que eu falei - ai caramba - falei um pouco mais alto e coloquei a mão no rosto
Rafa: ai gente, não tem nada que possa fazer pra amenizar isso não?
Ester: não tem né, só ir caminhando mesmo
Nadine: melhor ela dar mais uma volta né, ajuda bastante
Eduarda: por favor, não tá dando não
Ágatha: calma, vem aqui que eu vou passar um rímel em você - eu a olhei séria e o pessoal riu - amiga, só o básico, espera aí - foi até a bolsa dela
Bianca: coisas de Ágatha - rimos e eu neguei com a cabeça
Cadu: completamente perturbada - riu
Rafa: não vai adiantar nada, a Duda vai chorar e vai borrar
Ágatha: você está enganada Rafinha, é a prova d’água - levantou o rímel e eu ri. Sério, a Ágatha não tem filtro nenhum - vem cá - disse e ela mesma se aproximou de mim
Eduarda: você inventa cada coisa - neguei com a cabeça e ela começou a me “maquiar”
Ágatha: pronto, já melhorou a cara de sofrimento - eu ri
Gustavo: é cada uma - eles riram
Eduarda: agora eu to liberada né?! preciso trazer uma criança ao mundo e quase dez horas de trabalho de parto não tá sendo legal - eles riram, me desejaram boa sorte e eu fui voltando pro quarto com a minha mãe.

Junior on
Depois de quase nove horas, finalmente chegamos em São Paulo. O Bigode pegou eu e os caras no aeroporto e já fomos direto pro hospital
Gil: caralho moleque, tu tá suando - disse me olhando e riu
Junior: tô nervoso pra caralho mano, parecia que a gente não ia chegar nunca
Jota: e com ansiedade demora mais ainda - eu assenti e fiquei pensando na Duda, se o Henry esperou todo esse tempo, eu espero que ele segure mais um pouco. O Gil e o Jota ficaram tentando me distrair porque eu tava a ponto de ter um treco no carro. Chegamos ao hospital já era quase uma da manhã. Desci do carro com eles e entramos lá. Pedi informação e me falaram onde o pessoal estava - tudo emocionado, vinte pessoas pra esperar o moleque nascer - eu ri e neguei com a cabeça. É bom pra caralho ter todo mundo com a gente nesses momentos. Apressei o paço e já vi o pessoal sentado
Cadu: caralho, finalmente - levantou e me deu um abraço. Falei com a minha mãe, a Rafa e o resto do pessoal
Junior: ele não nasceu não né?!
Nadine: ele tá te esperando pra isso - sorriu e meus olhos já encheram de lágrimas
Junior: como eu faço pra entrar lá?
Cadu: vamo ali na recepção - fui com ele até lá, fiz tudo o que tinha pra fazer e me autorizaram a entrar depois de me darem a etiqueta de acompanhante - vai lá irmão, agora o moleque vem - me deu um abraço
Junior: vou lá - passei pelo pessoal, só acenei e fui pro quarto que a Duda estava
Junior off

Encontramos com a Alana na volta e ela disse que levaria pro quarto alguns equipamentos pra auxiliar na evolução da dilatação. Entrei no quarto com a minha mãe e já senti uma contração, só que bem mais forte do que qualquer outra
Eduarda: aaai - gritei mesmo e coloquei os braços na cama, apoiando a cabeça nos mesmos - mãe, eu não vou aguentar - neguei com a cabeça enquanto segurava o choro
Ester: vai sim! você é forte, se acalma - disse passando as mãos na minhas costas, ouvi baterem na porta e quando levantei a cabeça minha única reação foi chorar. O Junior tinha chegado ali
Eduarda: amor - me desencostei da cama e ele se aproximou
Junior: caralho, finalmente - me abraçou forte do jeito que deu e percebi que ele também chorava - eu tô aqui meu amor - passou a mão no meu cabelo e eu me afastei o olhando
Eduarda: eu nem acredito que você tá aqui - passei a mão no rosto dele pra secar as lágrimas e sorri
Junior: eu falei que eu ia chegar - eu assenti sorrindo e ele me deu um beijo rápido
Eduarda: ele esperou você - ri com o rosto lavado em lágrimas e ele sorriu passando a mão no mesmo
Junior: eu vou estar com você - eu assenti o olhando - como estão as coisas? - olhou pra mim e depois pra minha mãe
Ester: na última vez que a Patrícia veio aqui, tava com cinco centímetros, as dores estão aumentando - ela disse isso e parece que atraiu. Senti outra contração e pressionei os lábios em silêncio, o Junior me olhou
Junior: tá doendo? - eu assenti de olhos fechados - já vai acabar - deu um beijo na minha testa e colocou a mão na minha barriga - eita porra, tá dura pra caramba - eu acabei rindo
Ester: um ótimo sinal - a porta do quarto se abriu e a Alana entrou ali com um outro enfermeiro trazendo um aparelho que não faço ideia de pra que sirva
Alana: pronto - eles colocaram as coisas ali, o rapaz ligou o aparelho e ja saiu do quarto - Duda, a Patrícia vai vir aqui daqui a pouco pra ver a dilatação - eu assenti - como estão as contrações?
Eduarda: se eu sobreviver já tá valendo
Junior: não brinca assim - a Alana riu
Eduarda: ai merda! - senti outra contração e minhas costas começou a doer de uma forma surreal - caramba, não dá - meus olhos encheram de lágrimas
Junior: olha aqui pra mim - eu o olhei - para de pensar assim, vai dar tudo certo! - uma lágrima escorreu no meu rosto e ele secou
Alana: Duda, você quer ficar mais a vontade? se quiser ficar de top, sem esse avental, você pode - eu já fui desamarrando aquele treco e tirei ele. Como já estava com o top por baixo, assim fiquei, de calcinha e top apenas. Ela foi tentando me acalmar, o Junior também e minha mãe nem se fala. Depois de alguns minutos a Patrícia chegou ali pra me monitorar e ver como estava a dilatação
Patrícia: evoluímos hein, seis centímetros - ainda é pouco? sim, mas é menos do que antes, então pra mim já estava valendo - os outros quatro provavelmente vão vir logo, a Alana vai te ajudar nos exercícios e daqui a vinte minutos eu volto - eu assenti e ela saiu do quarto depois de falar mais algumas coisas. Eu senti outra contração e fiquei em silêncio, de olhos fechados
Junior: Du - o olhei - tá bem? - eu fechei os olhos de novo e assenti
Alana: Duda, vem fazer uns exercícios aqui na bola, vamo ver se evolui mais rápido - o Junior me ajudou a descer da cama e eu me sentei na bola - faz movimentos circulares com o quadril porque isso ajuda bastante - ela segurou minhas mãos, eu comecei a fazer e a dor nas costas estava me matando
Eduarda: cacete! - falei alto quando veio outra contração. Eu já estava até suando de novo e aquela dor não cessava
Alana: papai, vem auxiliar aqui que eu vou aliviar pra mamãe nas contrações - o Junior ficou na minha frente e segurou minhas mãos
Junior: dói muito? - me olhou preocupado
Eduarda: pra caralho - ele riu acho que por não esperar que eu fosse falar isso
Junior: já vai acabar amor - beijou minha cabeça e eu continuei ali com os movimentos até vir outra contração, minha única reação, além de gemer de dor foi apertar a mão dele, ele fez um carinho na mesma e depois deu um beijo
Alana: vamos ver aqui - se aproximou com o aparelho que trouxe pra cá - esse aqui é o TENS, eu vou colocar os eletrodos na suas costas e ele vai dar uma amenizada nas dores da contração tá - eu assenti e ela foi colocando os adesivos em mim
Ester: ah se isso existisse no meu tempo - a Alana riu
Alana: ele ajuda bastante - ligou lá e eu já comecei a sentir as vibrações do aparelho. Ele até funcionou por um tempo, amenizando a dor, mas depois parecia que já não tinha mais nada nas minhas costas
Eduarda: ai merda! - falei entre os dentes e apertei novamente a mão do Junior
Alana: Duda, vamos tentar o chuveiro, vem, acho que o Henry tá mais perto do que nunca - eu respirei fundo e o Júnior puxou minha mão pra que eu saísse de cima da bola
Ester: eu vou ali fora ligar pro teu pai - eu assenti enquanto a Alana me levava até o banheiro junto com o Junior
Alana: você deixa cair bastante água nas costas e eu vou ir fazendo uma massagem pra aliviar tá - disse enquanto ligava o chuveiro e eu assenti de olhos fechados. Era uma dor horrível e eu já não tinha forças nem pra reclamar da dor. Ela deixou na temperatura ideal e eu fiquei debaixo do chuveiro, fazendo como ela sugeriu. O Junior não saia do meu lado e ficou segurando minha mão
Eduarda: ahhh - meio que gritei com a pontada super forte - não dá, eu não consigo, dói demais - comecei a chorar muito - não dá Ju - o olhei negando
Junior: amor, olha pra mim - segurou meu rosto com as duas mãos e eu o encarei - falta pouco, eu sei que você tá cansada pra caramba, deve estar esgotada, mas você é forte e eu tô aqui com você - eu negava ainda chorando e ele passou o polegar debaixo do meu olho - é pelo nosso filho, daqui a pouco ele vai estar ali com a gente
Eduarda: eu não vou conseguir - neguei com a cabeça de novo
Alana: vai sim Duda, fica calma
Junior: você vai, eu vou estar com você - deu varios beijos no meu rosto e eu fechei os olhos - eu te amo e tenho orgulho de você, assim como eu sei que o Henry também vai ter - eu sorri e o olhei. Ter ele aqui comigo é diferente, é bom mesmo sendo uma situação ruim
Eduarda: te amo - ele me deu um selinho demorado e ficou olhando nos meus olhos
Junior: falta pouco - disse mais baixo com a testa colada na minha e eu assenti. Ele estava todo molhado e não ligava nem um pouco pra isso. Pouco depois a Patrícia entrou no quarto, fomos ver a dilatação e pela glória já estava com oito centímetros
Patrícia: viu, não vai demorar, continua com os estímulos que vai dar tudo certo - disse tirando a luva - Neymar, dá uma força pra ela tá
Junior: claro - a Alana me auxiliou ali e eu saí da cama de novo com a ajuda do Júnior
Patrícia: eu já vou pedir pra prepararem a sala de parto e vão vir aqui colocar os acessos em você - eu assenti em silêncio, já que a dor estava se intensificando cada vez mais e ela saiu dali
Ester: voltei, seu pai já está vindo tá filha - eu assenti enquanto tentava controlar a respiração
Eduarda: ai que dor - coloquei as mãos nas costas e olhei pro alto
Junior: vem cá - me abraçou como deu, eu deitei a cabeça em seu peito e ele ficou passando as mãos nas minhas costas - vai ficar tudo bem - apoiou seu queixo na minha cabeça
Eduarda: ai caramba - apertei o Junior quando veio a contração e ele me abraçou mais forte
Ester: vou colocar a música pra você relaxar - disse e em seguida colocou “anunciação” de novo. Quando começou o “tu vens, tu vens” eu não aguentei e comecei a chorar, as contrações foram vindo com intervalos cada vez menores e a cada reclamação minha, o Junior me apertava mais. Era incrível como mesmo com a dor, eu estava sentindo uma paz tremenda ali, abraçada com o homem que eu amo e esperando nosso filho
Junior: te amo - eu o olhei e sorri
Eduarda: te amo - ele me deu um beijo rápido e secou meu rosto

Junior on
Ver a Duda sofrendo é uma das piores sensações que já tive. E olha que acompanhei só 2 horas das quase 12 que ela já tá aqui.
Ter ela ali, encostada no meu peito, chorando e sentindo a música que tocava me trazia um misto de sentimentos. Era bom esse momento nosso, mas o sofrimento dela estava me matando. Ela estava chorando, eu passei a mão no rosto dela e ela segurou a mesma. Entrelacei nossos dedos e beijei a mão dela enquanto continuava passando a outra mão em suas costas

Junior: eu tô muito orgulhoso de você tá - disse com os olhos rasos e ela assentiu sem me olhar
Eduarda: obrigada por estar aqui comigo
Junior: eu sempre vou estar - beijei a cabeça dela
Eduarda: ai! - disse alto, eu me assustei e escutei barulho de água caindo no chão - amor - me olhou rindo enquanto as lágrimas escorriam no rosto dela
Ester: graças a Deus - comemorou e eu não entendi nada, a Duda olhou pra baixo, eu olhei também e só aí entendi
Junior: a... a bolsa estourou? - a olhei assustado e ela assentiu, aí eu chorei junto com ela e a dei um selinho demorado
Alana: Duda, você tá sentindo alguma dor? - se levantou da cadeira em que ela estava analisando algo
Eduarda: não, só vontade de fazer força - a Alana ia sair do quarto e outra enfermeira entrou ali com um carrinho cheio de coisas
Alana: vamos colocar os acessos pra monitoramento e eu vou avisar a Patrícia - Elas colocaram tudo na Duda, a puseram em uma cadeira de rodas e foram saindo dali com ela - o papai vai acompanhar?
Junior: vou, claro - fui indo com elas
Ester: eu vou lá com o pessoal, Otávio já deve estar aí - eu assenti e ela foi saindo na frente
Alana: Beatriz, leva ele pra colocar os equipamentos e depois pra sala de parto - a outra enfermeira assentiu e eu me abaixei na altura em que a Duda estava
Junior: vai dar tudo certo e eu vou estar lá com você - ela assentiu segurando meu rosto e me deu um beijo rápido - te amo pra caralho - segurei o rosto dela também e dei um selinho demorado
Eduarda: te amo muito - sorriu e depois fez uma careta - ai caramba
Alana: vamos Duda - foi empurrando a cadeira de rodas e virou a esquerda e sorriu ao ver o urso com balões ali no corredor. Eu saí da sala logo atrás, olhei pra direita e vi o pessoal todo ali
Junior: meu moleque vai nascer porra! - falei um pouco alto e eles comemoraram, ainda vi minha mãe abraçada na Ester e fui com a outra enfermeira pra me trocar. Ela me deu tudo que eu precisaria usar, coloquei por cima da roupa que eu estava mesmo e depois a acompanhei até onde a Duda estava. A Beatriz me mostrou como eu tinha que fazer a higiene das mãos e enquanto eu estava fazendo isso ali no corredor, vi a Duda passando na maca. Mexi os lábios dizendo um “eu te amo” e ela fez o mesmo acompanhado de um sorriso, que foi sucedido por uma careta de dor e eu ri fraco.
Terminei de fazer o que a Beatriz me pedia e esperei prepararem a Eduarda pro parto, só ouvi a Alana passando ali e confirmando os 10cm de dilatação que a Duda precisava.

Beatriz: vamos papai? - disse após ver algo dentro da sala
Junior: agora - disse de imediato. Eu estava ansioso demais e com um sentimento inexplicável, não era uma sensação nova pra mim porque passei por isso com o Davi, mas agora é diferente
Beatriz: entra por aqui - uma porta de acrílico se abriu provavelmente por ser de sensor e nós entramos. A Duda estava na maca com uma cara apreensiva e a Patrícia estava logo à frente dela preparando algo, enquanto haviam mais algumas pessoas ali. Observei pra ver se não tinha nenhum homem ali pra ver o que não deve e quando percebi que não, me aproximei da maca
Patrícia: o papai chegou - a Duda me olhou e sorriu, eu retribui - o banquinho aí tá preparado pra você, Neymar - apontou e eu me sentei no mesmo
Junior: vai dar tudo certo - disse no ouvido da Du e ela assentiu com lágrimas nos olhos
Eduarda: ui - fez uma careta e eu acarinhei seu rosto
Patrícia: Duda, tá pronta?
Eduarda: nem um pouco - todos ali riram - ai, preciso fazer força - respirou pela boca
Patrícia: então vamos lá
Junior off

Eu estava com uma sensação indescritível, estava prestes a realizar o meu maior sonho e mesmo com todo o sofrimento, já tinha valido a pena. Só de olhar pro lado e ver aquele par de olhos verdes sorrindo pra mim já tinha valido a pena.
Senti uma vontade incontrolável de fazer força e falei pra Patrícia

Patrícia: então vamos lá - parou por alguns segundos - Duda, toda vez que você sentir que precisa fazer força, você faz tá - eu assenti - esse é o momento certo pra isso - o Junior segurou minha mão e eu respirei fundo - veio a vontade, você força - reafirmou e eu tentei me concentrar em trazer meu filho ao mundo. Senti uma dor na barriga seguida daquela contração da força, então fiz o que a Patrícia me pediu
Eduarda: ahh - parei tentando recuperar o ar
Patrícia: lembra da respiração - encenou a respiração “cachorrinho” e eu fiz a mesma também. Senti de novo e fiz força, mas dessa vez doeu demais e eu apertei a mão do Junior
Eduarda: aai! - comecei a chorar
Junior: eu to aqui amor - deu um beijo demorado na minha testa
Patrícia: mais um Duda - me incentivou
Eduarda: tá doendo - disse ofegante
Patrícia: falta pouco, vamos lá - fiz força mais uma vez quando deu vontade e apertei novamente a mão do Junior - tá vindo, Duda, mais uma, vamos!
Eduarda: calma - respirei fundo e senti a necessidade de fazer de novo, então forcei pelo máximo de tempo que eu pude e senti minha intimidade se dilatando
Junior: vai amor, você consegue
Patrícia: ele tá vindo Duda, já coroou, faz força o máximo que você puder, um, dois, três e... - forcei novamente apertando a mão do Junior e parecia que tinham me rasgado ao meio de tanta dor que senti, mas foi rápido porque logo depois ouvi o som mais lindo da minha vida, o chorinho do meu filho
Eduarda: amor - olhei pro Junior sorrindo enquanto eu chorava e ele também estava chorando
Junior: eu te amo - me deu um selinho demorado
Alana: o papai vai cortar o cordão? - o Junior me olhou e eu assenti sorrindo, ele beijou minha mão e se levantoui indo até ela - aee - o pessoal aplaudiu e a Alana trouxe o Henry até mim, quando ela o colocou chorando em cima do meu peito eu só conseguia chorar, parecia um sonho. Eu o abracei e o Junior sorriu nos olhando
Eduarda: é o nosso filho - disse pro Junior e ele sorriu
Junior: o nosso filho - deu um beijo na minha testa e o Henry parou de chorar - ele é lindo, obrigado por isso - disse perto do meu ouvido e eu sorri - eu amo vocês
Eduarda: eu te amo demais - ele me deu um selinho e secou meu rosto. A Alana me pediu licença pra pegar o Henry e o tirou de cima de mim, o Junior a acompanhou
Patrícia: olha papais, ele nasceu às três e trinta e dois da manhã, com cinquenta centímetros e três quilos quatrocentos e cinquenta gramas - eu olhei assustada e ela riu - você foi guerreira Duda - sorriu - ele vai fazer alguns exames e depois vai pro quarto com você, ok? - eu assenti - o pessoal vai te limpar e depois você já vai pra lá
Eduarda: tá bom
Patrícia: parabéns mamãe - eu sorri e ela foi saindo dali tirando as luvas
Junior: amor, eu vou acompanhar nos exames e depois vou pro quarto com você, tá?!
Eduarda: tá, não esquece de avisar o pessoal - ele assentiu e me deu um beijo rápido
Junior: te amo pra caralho - disse com a boca próxima a minha
Eduarda: eu também te amo pra caralho - rimos e ele me deu um selinho demorado - vai lá - ele saiu dali e foi com a Alana e o Henry. As meninas vieram me auxiliar e depois de um tempo me trocaram de maca pra levar ao quarto. Quando entrei no quarto do pós parto eu fiquei completamente encantada, a decoração estava linda e do jeito que eu imaginei, na mesa tinham as colônias, que eu e o Júnior havíamos escolhido a essência, alguns doces e pirulitos de chocolate. Ao lado estavam as maletinhas (que foi ideia do Junior) com uma foto da última ultrassonografia que fizemos, uma caixinha dentro que quando abria reproduzia os batimentos cardíacos do Henry também da ultima ultrassonografia e um agradecimento pela visita no hospital e em uma bancadinha tinham as garrafinhas de champanhe com lacinhos azuis e ursinhos amarrados nelas. Tudo isso com o nome do Henry e já com a data de hoje impressos. Estava tudo perfeito! Bateram na porta do quarto e eu pedi que entrasse, era minha mãe, meu pai e o Cadu. Eu sorri ao vê-los ali
Ester: sobreviveu? - brincou e nós rimos, ela veio até a cama e me abraçou - parabéns filha - me deu um beijo e eu sorri
Eduarda: obrigada mãe e obrigada pela força que você me deu aqueles tempo todo - nos afastamos, ela sorriu e meu pai também se aproximou da cama
Otávio: eu tô morrendo de orgulho de você - sorriu e deu um beijo demorado na minha testa, eu fechei os olhos sorrindo e depois o encarei - nosso Henry tem muita sorte - sorriu me olhando
Eduarda: obrigada pai - mandei beijo pra ele
Cadu: posso? - eu ri e minha mãe se afastou - não sei nem o que falar pra você - riu nervoso - caralho, você foi foda, eu não aguentaria metade no seu lugar - eu ri negando e ele me abraçou - sério, eu to muito feliz por você - deu um beijo na minha bochecha - o moleque vai ter uma ótima influência com o tio aqui - eu ri
Eduarda: obrigada Cá, eu não conseguiria se não fosse vocês e o Junior aqui - sorri - e sobre a influência, não vou poder mudar muita coisa já que o pai dele é quase igual a você - rimos
Junior: o que tem eu aí? - entrou no quarto empurrando o bercinho hospitalar que o Henry estava e eu sorri
Ester: quando eu vi ele pelo vidro fiquei com vontade de esmagar - disse encantada
Eduarda: você viu ele pelo vidro?
Ester: todos nós vimos, o Junior levou ele lá
Junior: apresentar meu moleque né - colocou o bercinho ao lado da cama
Eduarda: me deixa pegar ele - o Henry já estava todo limpinho, usando touquinha e tudo, a coisa mais linda da mamãe. O Junior o colocou em cima de mim e eu sorri - a mamãe te ama muito - o abracei, dei um cheirinho nele e o Junior se aproximou me dando um beijo, eu o olhei e sorri
Junior: obrigado - sorriu me olhando
Cadu: a melação - eu ri
Junior: posso curtir meu filho?
Eduarda: por falar em seu filho, Davi tá sabendo? - ele me encarou
Junior: caramba, esqueci de avisar a Carol - pegou o celular
Eduarda: agora não adianta né amor, já passa das quatro da manhã, mais tarde a gente faz liga pra Carol e diz pra ela trazer ele aqui mas sem dizer o porque
Junior: o menino vai surtar - deu uma risada gostosa. Depois de um tempinho deixei os três pegarem o Henry um pouco e quando ele dormiu minha mãe o colocou no bercinho novamente
Ester: bom, nós vamos embora, Junior vai ficar né?!
Junior: claro, só preciso pedir pra alguém pegar minha mala lá no carro com o Bigode
Cadu: eu falo pros caras lá - ele assentiu
Otávio: parabéns moleque - bateu na mão do Junior e depois o abraçou dando aqueles tapinhas nas costas sabe?! - cuida deles hein
Junior: obrigado Otavião - sorriu - pode deixar que eu vou cuidar - eles se despediram de mim também e foram saindo
Ester: filha, tudo bem pra você se o pessoal entrar por uns minutos pra ver vocês?
Eduarda: claro, eles ficaram todo esse tempo esperando, mas fala pra virem o Neymar, Nadine e Rafa primeiro - minha mãe assentiu, mandou beijo e saiu do quarto
Junior: você tá bem? - me olhou fazendo um carinho no meu rosto e eu assenti sorrindo - sem dor?
Eduarda: sem dor, graças a Deus, só bem cansada
Junior: depois que o pessoal vier ver vocês, você dorme - eu assenti - te amo
Eduarda: te amo - sorri e ele me deu um beijo rápido
Rafa: opa, chegamos - disse entrando ali no quarto com seus pais e nós rimos - ai meu Deus, que coisa linda - disse toda encantada olhando o Henry dormir, foi passar a mão nele e o Junior segurou seu braço - ué menino - o olhou sem entender
Junior: lava sua mão ali, fazendo o favor - eu ri negando e a Rafa bufou indo lavar a mão ali no banheiro
Nadine: oi Duda - me deu um beijo e sorriu - parabéns viu, você foi muito forte, te admiro ainda mais depois disso - eu sorri
Eduarda: obrigada Na, não foi nada fácil, mas graças a Deus deu tudo certo
Nadine: tudo tem um propósito né, Deus sabe o que faz - eu assenti - deixa eu lavar minhas mãos também - riu e foi lá com a Rafa
Neymar: e aí Dudinha - deu um beijo na minha testa - que canseira hein - riu
Eduarda: nem fala, eu achei que não fosse aguentar
Neymar: não, você é forte e teve a prova disso - sorriu e eu retribui assentindo
Rafa: deixa eu ver meu sobrinho agora - se aproximou apressada e eu ri negando
Junior: não vai acordar ele, Rafaella
Rafa: para de ser chato - pegou o Henry com todo cuidado - olha mãe - sorriu o olhando e foi pra perto da Nadine enquanto o Neymar lavava as mãos
Nadine: não consigo identificar com quem ele parece - o olhava sorrindo também e passou o dedo no rostinho dele - lindo, uma benção pra gente - eu sorri
Neymar: deixa eu ver - se aproximou - o nariz é da Duda - intercalou os olhares entre eu e o Henry
Junior: Ih pai, qual foi - eu ri
Eduarda: ué amor - ele me olhou de canto
Nadine: a boca é igual a tua, filho, não fica triste - eu ri
Junior: tentando me agradar - a mãe dele riu. Eles ficaram ali mais um pouco e despojos forma embora. Como eu tinha que amamentar o Henry, pedi pra esperarem um pouquinho
Eduarda: pega ele pra mim amor - o Junior o pegou e colocou em meu colo
Junior: eu to feliz pra caralho - eu o olhei e sorri
Eduarda: eu também, demais - ele me deu um selinho e eu soltei a alça do sutiã já colocando o bico do meu peito na boquinha dele. Ele ainda demorou alguns segundos e depois começou a sugar. Eu não sei descrever qual foi a sensação, só sei que eu estava me sentindo a pessoa mais importante do mundo pelo simples fato de estar amamentando meu filho. Uma lágrima escorreu nos meus olhos e o Junior deu um beijo na minha testa. O olhei e ele nos observava com cara de bobo
Junior: a cena mais linda que já vi na vida - eu sorri. Terminei meu momento ali com o meu filho e o Junior o pegou pra o fazer arrotar
Eduarda: amor, meu celular tá aqui?
Junior: tá, espera aí - foi até o sofá que havia ali e com a mão livre pegou na minha mala e me entregou
Eduarda: obrigada - fiz bico e ele me selou. Desbloqueei meu celular e vi que entre varias notificações de mensagens havia uma notificação do Junior e do Cadu no Instagram, então fui ver


neymarjr 
Pro Matre Paulista

neymarjr "... que tu virias numa manhã de domingo (segunda), eu te anuncio nos sinos das catedrais..." 
São Paulo, 29 de outubro de 2018, 03h32.
50cm, 3,350kg.
Meu filho nasceu. Nosso filho nasceu! e modéstia à parte, o moleque é lindo pra car#*@%! Eu sou o homem mais feliz desse mundo, de verdade, principalmente por ter chegado a tempo de acompanhar isso de perto.
Obrigado amor @dudambittencourt por ter sido tão guerreira e ter se esforçado tanto pra trazer nosso filho ao mundo depois de 12 horas em trabalho de parto. Só tenho uma palavra pra te definir: FODA! Você é foda e a cada dia eu te amo mais por isso. Nunca vou parar de dizer quanto orgulho eu tenho de você, agora mais do que nunca! A minha admiração por tudo o que vocês fez é gigante. Mulherão da porra! Obrigado! Eu amo vocês, minha família 🖤 #OHenryChegou #eleéacaradopai #tofelizpracaralho #DeuséTOP
📷 @lubarberifotografia

agathalandrade AAAAAAAA EU AMO VOCÊS FAMÍLIAAAA 
novogu É O MASCOTE CARALHOOO 💙 #éomascote
bicoimbra EU TENHO O MAIOR ORGULHO DESSA FAMÍLIA, AMO VOCÊS 
❤️❤️❤️

gilcebola Pra cima mofilho! Dudinha é foda e o Henry é sortudo pra caralho 💙 #éomascote
estercmendesb Ela foi muito forte! E essas fotos estão maravilhosas 😍❤️
rafaella Obrigada pelo nosso presente cu @dudambittencourt, você foi sensacional! Amo vocês 💛
crisguedes FODAAA! Amo vocês 💙 #éomascote
thiagosilva Parabéns irmão! Deus abençoe vocês 
🙌🏾❤️
gabrielmedina Que felicidade irmão, tô aqui em outro continente feliz pra caralho por vocês! que momento! aproveita irmão. Dá um beijo nos dois, amo vocês 💙 #éomascote
marquinhosm5 Boaa! Deus abençoe! 
❤️
nadine.goncalves Deus é maravilhoso! Foi como tinha que ser. A Duda foi maravilhosa e nosso pequeno foi abençoado 
🙏🏼
cadumbittencourt Foda irmão! Amo vocês 💙 #éomascote
carolcabrino Caraca, 12 horas?! ela foi muito foda! admiro demais! parabéns @dudambittencourt 
👏🏼👏🏼👏🏼❤️
A família de vocês é linda, Ney 💛
k.mbappe 
👏🏾👏🏾🙏🏾
dudambittencourt Obrigada por ter se esforçado pra estar ao nosso lado nesse momento super especial pra nós e por ter ficado do meu lado desde que chegou. Eu te amo demais e o Henry também 🖤


Eduarda: amor - falei manhosa enquanto secava meu rosto - você é demais - neguei com a cabeça e ele sorriu enquanto se aproximava da cama
Junior: por que? - deu uma risadinha
Eduarda: não se faz menino! eu amei o que você escreveu, eu te amo demais - ele colocou uma mão no meu rosto enquanto segurava o Henry com a outra e me deu um selinho demorado
Junior: isso ainda é pouco pra dizer o quanto eu to orgulhoso e o quanto você é foda mesmo! te amo - eu sorri e mandei beijo pra ele
Eduarda: você nem me avisou que a Luciane tinha mandado as fotos já - Luciane é a fotógrafa do hospital mesmo e foi ela quem tirou as nossas. Nós queríamos que fosse o Gil, mas ele disse que é muito mole pra estar em uma sala de parto kkkkk
Junior: eu nem lembrei, ela mandou algumas pra mim e eu já postei
Eduarda: mais tarde vou postar também
Junior: posta sim - assentiu
Eduarda: vou ver o que o Cadu escreveu agora
Junior: vai chorar mais ainda
Eduarda: ah não, sério? - ele assentiu rindo enquanto colocava o Henry no bercinho de novo
Junior: até eu chorei - riu
Eduarda: meu Deus - ri - deixa eu ver logo então

cadumbittencourt
Pro Matre Paulista
cadumbittencourt Quem me conhece sabe que eu não gosto de escrever/falar muito, ainda mais em rede social, mas hoje/ontem foi um dia foda!
Acompanhei a @dudambittencourt desde as 17h da tarde cheia de dor e apertando minha mão, sofrendo, chorando, pensando em desistir e dizendo que não conseguiria. Teve momentos em que eu tive que sair de perto porque ver minha irmã naquele estado estava me matando. Mas ela aguentou tudo! fomos pro hospital e o medo de o @neymarjr não chegar + o medo de não aguentar toda dor estavam acabando com ela. Eu vi. E eu fiquei admirado com a força dela. Como o NJ disse, ela foi FODA! Ela É foda! Foram 12 horas em trabalho de parto até trazer o meu sobrinho ao mundo (e o trabalho foi bem feito!).
Também vi a angústia do NJ pelo medo de não conseguir chegar no Brasil a tempo de ver o filho dele nascer. O cara saiu do jogo e veio da França direto pro Brasil sem ligar pra mais nada pra poder viver tudo isso. Quase 9 horas de voo e ele conseguiu chegar a tempo. Talvez seja coisa da conexão deles. Essa foto que eu tirei mostra o que eu digo.
Enfim, nem sei mais o que dizer. Só quero dizer que me orgulho de vocês e da relação foda que vocês têm. A família tá crescendo e a gente vai curtir isso tudo pra caralho! Eu amo vocês! #éomascote

gilcebola Porra, me fazendo chorar as 4h da manhã na sala de espera do hospital. Foda você. E foda eles 
❤️
rafaella AAAAAAA que lindo seu texto, que linda a foto! você é demais! E eles são foda mesmo 💛
agathalandrade Tinha necessidade disso, Carlos Eduardo? estou em prantos, obrigada!
bicoimbra Os irmãos que eu amo. A família que eu amo! 
❤️
neymarjr Porra irmão, fico até sem palavras. Obrigado por isso! tu também é foda. Obrigado por ter cuidado dela com o @otabittencourt e a @estercmendesb enquanto eu não pude estar presente. Te amo 
❤️
novogu Judiou com as palavras hein irmão. Foda! 💙
otabittencourt Lindo isso, filho! Tenho orgulho de vocês 
❤️
dudambittencourt Eu não sei nem o que te dizer, sério! Só posso te agradecer pela força que me deu, mesmo não aguentando me ver daquele jeito. Eu te amo demais e sou muito grata por ter um irmão como você. O Henry também vai ser grato pelo tio que tem! Te amo 🖤

Preciso dizer que estava com o rosto lavado em lágrimas? não né, pois é. O Cadu me surpreendeu muito com esse texto e meu coração ficou quentinho
Junior: sabia que tu ia chorar - riu e me abraçou - teu irmão é foda
Eduarda: e a gente também - o olhei e ele riu
Junior: a gente também - assentiu sorrindo e me beijou. Encerramos com selinhos e quando ele se afastou acabou esbarrando no bercinho e o Henry acordou chorando - ai caralho - disse baixo e eu ri fraco - desculpa filho
Eduarda: dá ele aqui - ele o fez - chama mais três pra eles virem logo e irem descansar
Junior: vou lá - me deu um selinho e saiu da sala






TCHANÃAA!!
Quase chorei por diversas vezes enquanto escrevia isso. Acho que vou me auto cancelar kkkkkk.
Eu espero que vocês tenham gostado porque escrevi com todo amor e carinho.
Gostaram de como foi feito? soou real pra vocês?

Enfim, tô postando só hoje porque fiquei de terça até ontem com a minha avó e aí não tive tempo pra nada! E a quem se interessar: ela está bem, na medida do possível. Se Deus quiser vai estar com a família por muito tempo! 🤞🏾💛

ps: teve gente que "questionou" o tempo entre a viagem do Júnior e o nascimento, então só pra esclarecer, tem partos que duram muuito mais do que 12 horas e são super sofridos. esses acontecimentos, aqui, eu vou fazer de tudo pra que seja o mais real possível, então eu sempre vou querer pensar nos horários, no tempo e etc. sim, eu fiz as contas e calculei tudinho que ia rolar durante o trabalho de parto, me deu uma dor de cabeça mas saiu como eu esperava ❤️

Comecei a EDITAR o cap. as 23h33 e estou terminando 1h13 da manhã, então me valorizem! kkkkk
Comentem bastante e me digam o que estão achando.
Beijos, amo vocês 😘❤️

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Chapter seventy eight


Ágatha: tua amiga Bruna gosta de atenção né - eu revirei os olhos e ri enquanto ela mexia no celular
Eduarda: eu nem esquento a cabeça, uma hora ela para - ela começou a rir - o que foi, doida?
Ágatha: a cara dela nem treme - continuou rindo - ela disse que curtiu o comentário sem querer e que já descurtiu - gargalhou e eu ri negando
Eduarda: maturidade tá em falta - rimos
Ágatha: faz as coisas e não aguenta as consequências, odeio gente assim
Eduarda: vamos mudar de assunto? que tal a gente se trocar pra ir pra casa vizinha? - ri
Ágatha: não me deixa nem fofocar - levantou do sofá e eu ri
Eduarda: se controla querida - levantei também e rimos - vamos - subimos pro quarto e fomos nós trocar.
[...]
Toquei a campainha da casa dos meus pais e o Cadu que abriu

Cadu: tem pão duro não
Eduarda: ótimo, eu não quero pão, viemos atrás de comida - ele riu e deu um beijo na minha testa
Cadu: trouxa - rimos e ele deu um beijo na Ágatha também - vocês estão bem? - fechou a porta e fomos entrando
Eduarda: tirando um pouquinho de dor que eu ando sentindo, sim e você?
Ágatha: eu também estou bem
Cadu: eu tô bem também - passou o braço pelo meu ombro - já tomou alguma coisa pra passar essa dor? - passou a mão na minha barriga
Eduarda: não, tô evitando de ficar tomando remédio - entramos na cozinha - oi família - meu pai estava sentado no balcão tomando cerveja e minha mãe cozinhando
Otávio: oi filha, oi a gata - fez graça com a Ágatha e eu ri enquanto dava um abraço nele - tá bem? - me deu um beijo na bochecha e eu assenti enquanto ele acarinhava minha barriga
Ágatha: oi senhor Otávio - brincou também e eles riram enquanto se cumprimentavam e eu fui falar com a minha mãe
Ester: como você tá? - me abraçou do jeito que deu e eu dei um beijo na bochecha dela
Eduarda: tirando aquela dor chata de novo, tô bem e você? - falei baixo porque o meu pai é bem “chato” com essa coisa de eu sentir dor
Ester: eu to bem, já fez massagem? - perguntou me olhando
Eduarda: a Ágatha ia fazer, mas a gente veio pra cá
Ester: depois do almoço eu faço com aquele aparelhinho meu - eu assenti - e meu bebê, como tá? - passou a mão na minha barriga
Eduarda: tô bem - segurei o riso porque sabia que ela se referia ao Henry
Ester: besta - rimos
Eduarda: ele tá bem - sorri
Ágatha: oi tia - chegou abraçando minha mãe
Eduarda: nossa senhora hein querida - ela riu e deu um beijo na bochecha da minha mãe. Ficamos ali conversando, falando sobre diversas coisas mas principalmente sobre o nascimento do Henry. O Cadu, assim como meu pai, estão super ansiosos. Não que eu não esteja, mas eles realmente estão MUITO!
Almoçamos num clima super legal e depois da minha mãe ajeitar a cozinha com a ajuda da Ágatha, nós subimos pra fazer a massagem. Estava super relaxada na cama da minha mãe e bateram na porta

Ester: entra! - a porta abriu devagar e a Bianca apareceu ali
Eduarda: ué - ri e ela deu um beijo na minha mãe
Bianca: eu falo que vou na tua casa e você não me avisa que tá aqui - ela me deu um beijo também e passou a mão na minha barriga
Eduarda: desculpa amiga, é que eu estava com dor nas costas e mamãe veio fazer massagem
Bianca: só desculpo por isso
Eduarda: Ágatha te viu?
Bianca: viu, mas tá falando com o Gu no FaceTime lá - eu ri.
O resto do dia com as meninas foi na minha casa e como ambas estariam de folga amanhã, elas acabaram dormindo comigo.


Santos, 28 de outubro de 2018 (domingo)

Ontem acabei dormindo na casa dos meus pais porque como eu já disse, é impossível eu ficar sozinha em casa, principalmente agora na reta final da gravidez, então como minha mãe está de folga hoje, fiquei aqui com ela.
Depois do café da manhã eu fui pra sala e me encostei no sofá porque estava sentindo um desconforto considerável. Peguei meu celular e vi que tinha mensagem do Junior a quase uma hora atrás

Amor, bom dia
Tô embarcando agora pra Marseille

Te amo 🖤
Boa tarde pra você meu bem
Gato! 😍
Que saudade 😔
Avisa quando chegar
Te amo muito 🖤
Chegue quase agora Du
Foi tudo bem
E também tô morrendo de saudades
Como vcs estão?
Que bom amor
Estamos bem, na medida do possível
Tô com um desconforto quase que insuportável, mas ok
E você?
Amor, qualquer coisa fala com a Patrícia, vê se é normal isso
Eu falo com ela todos os dias Ju, é normal e você sabe que tem sido constante
Isso me preocupa, queria estar perto de vcs
Não pensa nisso, vai dar tudo certo
Se você achar que ele vai nascer, me avisa que eu dou um jeito de ir pro Brasil
Óbvio que eu vou te avisar amor, fica tranquilo
Falei com ele por mais alguns minutos e nos despedimos quando ele foi se preparar pro jogo
Ester: filha, não quer ir lá pra fora tomar um solzinho não? - perguntou enquanto vinha da cozinha
Eduarda: ai mãe, não vou não, esse desconforto tá muito ruim - encostei a cabeça no sofá e ela me olhou preocupada
Ester: tá sentindo contração?
Eduarda: não, mas tá doendo
Ester: não é bom falar com a Patricia?
Eduarda: mãe, eu tenho tido essas dores, já falei com ela e é normal
Ester: se você sentir uma dor diferente me avisa pra gente ter tempo de ir pra capital - eu assenti - deita um pouco na cama - deu um beijo na minha testa
Eduarda: não, aqui tá bom - sorri de canto - pega meu notebook pra mim por favor - apontei pra ele na mesinha de centro e ela colocou o mesmo no meu colo - obrigada - mandei um beijo pra ela - se quiser ir pra piscina pode ir
Ester: vou só tomar um sol, mas qualquer coisa você me chama - eu assenti e ela subiu pro quarto. Liguei o notebook e fui vendo uns documentos referentes ao projeto meu e das meninas sobre dar apoio às mulheres vítimas de agressão física, verbal e sexual. Esse é um projeto que já havia passado pela minha cabeça, mas que eu não tinha tido o impulso pra tirar do papel, mas me juntando com as meninas ficou muito mais fácil e eu fiquei super feliz com o apoio delas, inclusive o da minha mãe, que vai ser uma das juízas que complementam o grupo.
Passou acho que umas duas horas, eu estava super entretida ali e do nada senti uma pontada nas costas

Eduarda: caramba - fechei os olhos e respirei fundo
Ester; o que foi Duda? - veio lá de fora com a toalha enrolada no corpo
Eduarda: uma pontada aqui nas costas, ui - a dor veio pra barriga e eu coloquei a mão na mesma
Ester: Eduarda, não me assusta - eu olhei as horas pra contar o tempo até ter outra dessa, já que tem sido constante nos últimos dias
Eduarda: já passou - disse me recuperando e soltei o ar
Ester: vou até tomar um banho antes de preparar o almoço porque tô sentindo que é hoje
Eduarda: longe do pai dele? nem pensar! - ela foi saindo sem nem se importar com o que eu disse e subiu a escada. Como não tive outro desconforto nesse tempo, aproveitei pra ver como estava o jogo do Ju na internet e o PSG estava ganhando com gol dele, ainda estava no primeiro tempo. Liguei a tv pra me distrair um pouco e fiquei assistindo qualquer coisa - puta merda - fechei os olhos e apertei o braço do sofá quando senti aquela dor outra vez, olhei no relógio e tinha se passado exatamente meia hora desde a primeira
Ester: de novo? - eu abri os olhos, a encarei quando a dor passou e assenti - vai se preparar enquanto eu preparo algo pra nós comermos e a gente já vai pra capital - eu a olhei
Eduarda: pra que?
Ester: eu tenho dois filhos, Eduarda, sei do que eu falo - eu revirei os olhos - a gente reserva um hotel pra ficar lá porque é mais fácil de chegar ao hospital a tempo - fiquei a olhando - vai Eduarda!
Eduarda: quero ver se a gente perder viagem - me levantei do sofá com uma certa dificuldade - tem que ir lá em casa pegar nossas coisas
Ester: a mala dele está pronta? - eu assenti - a sua também?
Eduarda: sim mãe
Ester: tá, então vai tomar um banho que eu vou lá pegar - pegou minha chave no aparador - já venho pra gente comer - eu assenti e fui subindo a escada devagar. Será que meu filho vai vir hoje mesmo? não quero preocupar o Junior sem ter pelo menos um pouco de certeza de que isso vai acontecer. Entrei no meu quarto e fui direto pro banheiro. Tomei um banho bem quente porque a dor nas costas estava dando as caras e a água quente ajudava a amenizar
Eduarda: você vai vir hoje filho? - disse passando as mãos na barriga e ele deu alguns chutes formando aqueles calombos, eu ri - lembra que teu pai não está por perto - terminei meu banho, que foi relativamente demorado e sai do banheiro enrolada na toalha. Me vesti do jeito que deu, só sutiã e um vestido, calcinha nunca nem vi porque não consigo colocar. Passei só uma base no rosto, um rímel e peguei minha bolsa com meus documentos. Antes de sair do quarto ainda peguei meu carregador e desci. Vi as malas ali no sofá e fui pra cozinha depois de deixar minha bolsa ali também
Ester: teve outra contração? - me olhou enquanto colocava um lanche no prato em cima do balcão
Eduarda: ainda não - me sentei - é meu? - ela assentiu e eu comecei a comer. Preparou um pra ela também e eu senti aquela maldita dor de novo - que inferno! - disse entre os dentes e já comecei a pensar na possibilidade de concordar com a minha mãe
Ester: vai marcando o tempo hein - eu assenti e soltei o ar mais uma vez - vamos, a gente come no carro - pegou seu lanche, duas garrafinhas de suco, eu peguei o meu também e fui a acompanhando até a sala - tem que ligar pro pessoal da decoração do quarto
Eduarda: meu Deus, ainda tem isso - coloquei a mão na testa - eu to começando a ficar com medo
Ester: fica calma filha, vai dar tudo certo - eu assenti, ela pegou as malas, peguei nossas bolsas e saímos de casa, ela falou com o Victor, que já abriu as portas de trás do carro pra nós entrarmos, agradecemos, ele guardou nossas coisas no porta malas e entrou na frente, já dando partida - já avisei teu pai que estamos subindo tá - eu assenti e fiquei pensando em tudo isso, então resolvi mandar mensagem pro Junior só pra ele estar ciente
▶️ Oi amor, ó, eu estou indo pra capital com a minha mãe, aquelas contrações voltaram e ela acha que o Henry já quer vir
▶️ Mas não se preocupa tá, estamos indo por precauçãoai caramba - disse ao sentir a dor (que agora veio com um intervalo um pouco menor) - nós vamos ficar em um hotel pra ser mais fácil de chegar até o hospital. Te amo
Depois de mandar os áudios pra ele, liguei na decoradora e informei que tinha possibilidade de eu entrar em trabalho de parto hoje e eles disseram que ok, estariam prontos se fosse necessário!

Junior on
Fiquei super feliz com a vitória do Paris e mais feliz ainda por poder homenagear o Henry mais uma vez com um gol. Fui com meus companheiros pro vestiário e fazendo graça com o Marquinhos e o Thiago
Thiago: para de ser otário - me empurrou depois de eu puxar a orelha dele e rimos
Marquinhos: chato pra caralho - riu e eu peguei minha toalha
Junior: tô feliz porra - eles riram e eu fui tomar uma ducha. Fui rapidinho antes que os outros caras do time viessem porque não to afim de ver marmanjo pelado não. Enrolei a toalha na cintura e fui até o armário que estavam minhas coisas - é que eu tô com saudade, saudade nível hard, daquelas que bate e invade, arde mais que mertiolate - cantei animado e peguei meu celular pra ver se tinha algo importante. Meu coração já disparou quando vi dois áudios da Eduarda. Abri logo e ouvi eles, porra, como ela não quer que eu me preocupe e logo depois praticamente grita de dor?! caralho, fiquei maluco. Sentei ali e respondi ela
▶️ Porra, difícil não ficar preocupado né mano! como você tá? vai me dando notícias por favor
▶️ E tá doida que vai ficar em hotel?! vai pro meu apartamento e fica lá, a chave tá liberada pra tu na portaria po, tu sabe disso
▶️ Vou ver o que eu consigo fazer aqui, mas não deixa de me falar nada! Amo vocês

Thiago: qual foi Ney? - tirou minha atenção enquanto eu vestia a cueca por baixo da toalha e com o pensamento na Duda e no Henry, será que meu filho vai nascer?
Junior: a mãe da Duda tá achando que o Henry vai nascer, ela tá indo pra São Paulo - disse vestindo a calça do Paris
Thiago: e agora mano?
Junior: sei lá, preciso falar com o meu pai - vesti a camiseta e já coloquei o tênis na velocidade da luz, botei o boné na cabeça e me afastei um pouco da barulheira do pessoal pra falar com o meu pai, ele atendeu e eu já disse que precisava ir pro Brasil, queria o jatinho porque mesmo sendo poucas horas, ainda assim chegaria mais rápido do que num avião “normal”
Neymar: e se for alarme falso Juninho?
Junior: pai, não é, eu sei que não é, preciso ir pro Brasil, por favor
Neymar: você sabe que vai ter que pegar dois né
Junior: sei, mas é mais rápido do que um voo comum, agiliza isso pra mim pai, devo chegar em Paris umas sete e pouco, aí arrumo minhas coisas e vou pro aeroporto de novo
Neymar: tá, vou ver isso pra você e te mando as informações
Junior: beleza, obrigado
Neymar: te amo
Junior: te amo - desliguei e juntei minhas coisas ali super rápido
Thiago: vai pro Brasil mesmo?
Junior: tenho que ir irmão
Marquinhos: vai nascer mesmo? - Thiago correu com a notícia
Junior: caralho! - olhei pro Thiago e rimos - acho que sim Marcola - olhei meu celular pra ver se a Duda tinha falado mais alguma coisa e não tinha nada. Fiquei ali tentando me distrair com os caras e depois fomos pro ônibus que nos levaria pro aeroporto.
Embarcamos pra Paris e a Duda tinha me tranquilizado um pouco quando disse que iria sim pro meu apartamento e que as dores tinham cessado um pouco [...] cheguei em Bougival depois de pegar meu carro no ct e voar pra casa. Entrei e tinham algumas malas ali no chão da sala, Gil e Jota estavam arrumados - vocês vão comigo?
Gil: claro mofilho, nosso mascote - eu ri batendo na mão deles
Junior: já desço - subi correndo e arrumei minhas coisas super rápido, não precisei de muito porque lá no Brasil tem bastante coisa minha. A Duda avisou que tinha chegado no meu apê e eu saí de casa com os meninos e o Jaca que chegou depois e nos levou até o aeroporto. No Brasil o traslado seria com o bigode. Embarcamos e eu já me preparei pras 8, 9 horas mais demoradas da minha vida.
Junior off

Como o Junior pediu e eu nem lembrava desse detalhe, eu e minha mãe viemos pro apartamento dele aqui em São Paulo. As dores haviam cessado um pouco mas aparentemente vão voltar logo e isso só me faz acreditar na fala da minha mãe. Mas isso também me preocupa, estou com medo de não conseguir
Ester: toma - me entregou um copo com água e eu agradeci - você falou com a Patricia?
Eduarda: falei, ela já falou com o pessoal do ProMatre
Ester: e a decoração?
Eduarda: se a gente for mesmo pro hospital eles já vão em seguida - ela assentiu - aai - falei alto e fechei os olhos tentando controlar a respiração nesses 30, 40 segundos de dor - eu não vou aguentar não - a olhei negando com a cabeça
Ester: claro que vai, você é forte filha
Eduarda: não tenho tanta certeza assim não - ri, quem me entende? o tempo foi passando e vinte minutos depois eu senti a contratação de novo - caralho! - disse entre os dentes e apertei a almofada que havia ao meu lado
Ester: filha, vai pro banheiro, deixa a água quente ir caindo nas suas costas - a olhei e meus olhos encheram de lágrima, está acontecendo - fica calma tá, eu tô com você e vai dar tudo certo - estendeu a mão pra mim e me ajudou a levantar
Eduarda: eu não queria que ele nascesse sem o Junior estar aqui - algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto e eu não sei se por querer o Junior aqui ou pela dor
Ester: filha, vai ser tudo no tempo de Deus - peguei meu celular e assenti enquanto íamos pro quarto do Júnior - quer tomar banho de banheira?
Eduarda: é melhor né - ela assentiu
Ester: vou preparar - eu me sentei na cama e por incrível que pareça, tinha o cheiro dele ali
Eduarda: a mamãe vai respeitar seu tempo, filho - disse passando as mãos na barriga e minha mãe voltou pro quarto
Ester: vou pegar um top na tua mala - foi na direção da porta
Eduarda: eu acho que tem aqui no closet do Júnior - ela me olhou - na primeira gaveta do canto esquerdo - ela assentiu e foi pro closet. A dor nas costas estava voltando e eu só pedia pra Deus me deixar suportar
Ester: vem - me ajudou a levantar - você tá com dor né?!
Eduarda: nas costas, mas por enquanto tá dando pra aguentar - entramos no banheiro e eu me despi, colocando o top com a ajuda dela em seguida. Ela também me ajudou a entrar na banheira e eu me acomodei ali, como a água estava bem quente, a dor nas costas foi amenizando mais um pouco. Estava de olhos fechados e ouvi a campainha tocar
Ester: deve ser teu pai - eu assenti e ela levantou pra ver. Pela minha cabeça só passava a possibilidade de eu ter o meu filho sem o Junior estar no Brasil, eu não queria. Comecei a sentir contração de novo e tentei manter a calma, já que ela veio menos forte por conta da água quente
Cadu: como você tá? - perguntou entrando ali e eu até me assustei
Otávio: oi filha - apareceu ali também
Eduarda: oi gente - sorri - eu tô indo, tá difícil - ri fraco
Otávio; vai dar tudo certo - deu um beijo na minha testa
Cadu: fica calma tá - segurou minha mão e algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto - a gente tá aqui - passou a mão no meu cabelo e eu assenti. O Cadu sentou no banquinho ao lado da banheira e continuou segurando minha mão
Otávio: tá doendo? - eu neguei com os olhos fechados e do nada veio mais uma contração, dessa vez super forte
Eduarda: puta que pariu - pressione os lábios e respirei fundo enquanto apertava a mão do Cadu
Cadu: eita porra, pra ela falar palavrão é porque tá foda mesmo - disse olhando pros meus pais e eu acabei rindo
Otávio: não é melhor ir pro hospital? - perguntou a minha mãe
Ester: não adianta amor, a Patrícia já nos passou as instruções, a Duda ainda tá com contrações de intervalo muito grandes
Eduarda: que horas são?
Cadu: cinco pras cinco - disse depois de olhar o relógio. Eles ficavam tentando conversar comigo e me distrair, até eu sentir outra contração
Eduarda: eu não vou aguentar - comecei a chorar
Ester: tenta ficar de joelhos Duda, eu vou ligar pra Patrícia - eu me ajoelhei com a ajuda do Cadu e apoiei os braços na borda da banheira
Otávio: respira fundo filha, não fica nervosa
Eduarda: como que eu não vou ficar nervosa com essa dor? - falei entre os dentes e ele começou a jogar água nas minhas costas enquanto o Cadu segurava minhas mãos. É maravilhoso saber que tenho eles comigo e me dando toda ajuda, mas falta alguém, falta o Júnior - quanto tempo? - perguntei ao Cadu e ele olhou o relógio
Cadu: dez minutos - eu assenti
Ester: falei com ela - disse entrando no banheiro novamente - ela disse que se você não aguentar mais a gente pode te levar porque lá você tem maior assistência - eu assenti de olhos fechados já que a dor nas costas havia voltado - ó, Junior ligando - mostrou o celular dela - oi Junior - disse após atender - sim, o Cadu e o Otávio também chegaram aqui, estamos tentando ajudar ela - me olhou - ela tá com dor, tá sofrendo um pouco - um pouco? - mas vai dar tudo certo - sorriu - ah, que bom, tá ok então, eu vou passar pra ela, beijo - sorriu, eu sequei minhas mãos na toalha que tinha no colo do Cadu e peguei o celular
Eduarda: oi amor - disse já com vontade de chorar
Junior: como você tá?
Eduarda: tá doendo - minha voz embargou - mas eu tô bem, eles estão me ajudando
Junior: fica calma tá, vai dar tudo certo
Eduarda: eu queria você aqui - não consegui segurar e comecei a chorar
Junior: amor, fica calma por favor, eu tô no jatinho, eu vou estar aí
Eduarda: eu tenho medo de não conseguir - quase não consigo falar de tanto que estava chorando
Junior: Du, me escuta, você vai conseguir sim! eu não tô aí com você mas sua família tá e eu sei que eles vão te ajudar muito nisso, não se preocupa com a minha presença aí, meu coração tá contigo
Eduarda: mas eu queria - não consegui terminar de falar
Junior: eu também queria estar aí te dando força, mas tá tudo bem, eu vou chegar e mesmo se não for a tempo de ver ele nascendo já vai ter valido a pena - eu fiquei em silêncio tentando me acalmar - fica tranquila, pelo bem do nosso filho - ele ficou em silêncio por alguns segundos e eu podia jurar que ouvi ele suspirando como se estivesse chorando - você é forte tá e vai conseguir fazer isso
Eduarda: te amo
Junior: eu te amo muito! - disse firme - vai ficar tudo bem - eu senti outra contração e me segurei pra não gritar e acabar assustando ele, então passei o celular pra minha mãe de novo
Ester: oi - falou com ele - ela sentiu outra contração aqui - continuou falando com ele e eu nem ouvia mais porque me concentrei só no meu filho. Quando ela desligou eles me ajudaram a sair da banheira, já que a água estava esfriando. Eu me sequei, meu pai e o Cadu saíram do banheiro e minha mãe me ajudou a colocar outro top e uma cueca do Júnior
Cadu: tá melhor Du? - perguntou quando voltamos ao quarto e eu assenti sem convicção nenhuma, não sabia mais o que era dor e o que era psicológico
Ester: deita um pouco, tenta descansar - ajeitou a cama e meu pai me ajudou a deitar - quer mais travesseiro? - eu neguei e virei de lado - se sentir dor me avisa
Eduarda: você vai saber - disse sem humor e ela riu
Otávio: quer comer alguma coisa Duda?
Eduarda: não pai, obrigada - eles foram pra sala mas sempre alguém vinha no quarto me ver. Eu tentei dormir mas estava sentindo uma cólica muito forte, então me concentrava em respirar fundo e conversar com o Henry. O tempo foi passando e as dores vinham com mais frequência. Estar em trabalho de parto sem ter expectativa nenhuma do momento em que ele de fato vai acontecer é horrível
Ester: tudo bem aí? - eu assenti com os olhos cheios de lágrimas - deixa eu te fazer uma massagem - como eu estava de lado na cama, ela se sentou atrás de mim e ficou passando as mãos na minhas costas. Ajudava um pouco, mas já não surtia tanto efeito quanto no começo
Eduarda: que horas são? - a olhei de canto
Ester: vai dar sete horas - disse e eu fiquei em silêncio, tentando me conformar com o fato de eu estar em trabalho de parto (segundo minha mãe e a Patrícia) a quase quatro horas
Eduarda: puta merda - senti uma dor muito forte e apertei a mão da minha mãe enquanto ela passava a mesma pela minha barriga
Ester: filha, se você não estiver aguentando a gente vai pro hospital
Eduarda: não vai adiantar nada, prefiro sofrer aqui - ela ficou em silencio - marca aí a hora dessa - me referi a contração
Ester: respira fundo que vai dar tudo certo, pensa positivo e seja forte
Eduarda: eu tô tentando, mas não me preparei pra tudo isso, é difícil
Ester: eu sei filha, mas é por um bom motivo, daqui a pouco a gente vai ter o Henry aqui - meus olhos encheram de lágrimas e eu fiquei em silêncio
Eduarda: ai caramba, meu Deus do céu - era uma cólica muito forte e o fato de durar só alguns segundos só piora tudo porque aí dói o que poderia doer por horas - não dá mãe - neguei com a cabeça e deixei algumas lágrimas caírem
Ester: anda um pouco pra ver se diminui o intervalo, esse foi de quatro minutos
Eduarda: me ajuda aqui - ela se levantou e deu a volta na cama, me ajudando a levantar
Ester: vem devagar - me deu a mão e fomos indo pra sala, os dois nos olharam
Otávio: vai pro hospital? - pulou do sofá e eu ri fraco
Eduarda: não pai, vou andar pra ver se ajuda - ele assentiu e se sentou de novo
Cadu: que susto - minha mãe riu e foi andando comigo pelo apartamento
Eduarda: ai caramba, espera - falei alto porque a dor foi um pouco mais forte que as outras
Ester: respira - eu respirava devagar mas de nada estava adiantando
Eduarda: isso dói demais, não dá - neguei com a cabeça e fiquei parada enquanto as lágrimas escorriam no meu rosto
Cadu: dá pra ficar te vendo assim não mano - negou com a cabeça e foi indo pra varanda, eu ri fraco e respirei fundo
Otávio: quer ir pro hospital? - chegou ao meu lado e passou a mão nas minhas costas, eu neguei
Ester: ela não vai querer ir, tá morrendo de medo do Henry nascer e o Junior não estar aqui - eu fiquei em silêncio - você ta aguentando? - eu fechei os olhos e assenti
Eduarda: inferno! - dei um soco no aparador ali do lado quando senti outra contração
Otávio: fica calma Duda - eu respirei fundo e não estava aguentando mais, ou eu saia daqui ou eu ia surtar
Eduarda: não dá, eu quero ir pro hospital - neguei com a cabeça e voltei a chorar
Ester: eu vou pegar seu vestido no quarto, senta um pouco - eles me ajudaram a sentar e ela foi até o quarto
Cadu: o que foi? - veio da varanda e me olhou preocupado
Eduarda: vou pro hospital - minha mãe veio com o meu vestido e me ajudou a colocar. O Cadu pegou minha bolsa e minha mala e nós saímos do apartamento. Descemos de elevador e fomos os quatro pro carro do meu pai. O Victor foi acompanhando atrás com o carro da minha mãe e no caminho ela ligou pra Patrícia pra avisar que estávamos indo, também ligou pro pessoal da decoração do quarto.








A intenção era fazer tudo em um capítulo só, mas minha proposta de chegar o mais próximo da realidade (de algumas gestantes) me impediu disso, já que quis retratar o sofrimento da Duda com detalhes. Vocês gostam assim ou um espirro e nasceu já tá bom? O da Duda está sendo literalmente um trabalho de parto. Mas enfim, aguardem que até sexta eu venho com o pequeno pra vocês. Será que o Júnior chega antes do Henry vir ao mundo? 👀

Vai ser até sexta porque amanhã vou ficar responsável pela minha avó, então é atenção total com ela. Aliás, a quem se interessar, ela não fez a cirurgia, o médico "abriu" ela e constatou que seria perigoso pelo fato do câncer ter se transformado em metástase, ter se espalhado e estar colado na coluna e no intestino. Ou seja, é rezar pra Deus fazer um milagre ou curtir ela enquanto essa doença maldita não toma conta de tudo 😔


Obrigada pelos comentários e pela força que vocês têm me dado. Amo vocês, beijos 😘💛