Chapter Twenty five

Ficamos conversando com o Júnior, o Cadu (que foi quem o chamou) o contou como tudo aconteceu e ele ficou bem preocupado. Um tempo depois a Ágatha chegou ali com o Gustavo, até estranhei, mas ok
Ágatha: quando o Cadu me mandou mensagem eu fiquei tão preocupada amiga - disse enquanto me abraçava
Eduarda: foi horrível, ainda bem que ele chegou na hora - fiquei com vontade de chorar de novo, mas segurei - oi Gu - disse quando me soltei da Ágatha e ele me abraçou
Gustavo: como você tá? - fez um carinho na minha cabeça
Eduarda: recuperando - sorri de canto e o olhei - obrigada por ter vindo tá - o abracei de lado e ele deu um beijo na minha cabeça
Ágatha: como foi isso amiga? - contamos mais uma vez o que houve e ela ficou em choque, o Gu também ficou bem preocupado - meu Deus - colocou a mão na cabeça - ele te machucou? - mostrei meu braço pra ela e ela negou com a cabeça
Gustavo: ainda bem que o Cadu apareceu na hora né - eu assenti - você já fez boletim de ocorrência?
Eduarda: não, não vou fazer agora - o Junior me olhou
Junior: mas por que não?
Eduarda: porque eu preciso resolver outras coisas - ele ia falar mais alguma coisa mas desistiu e respirou fundo
Cadu: é irmão, essa aí é um poço de teimosia
Junior: já percebi - disse me olhando
Ester: você podia tentar tirar essa teimosia dela
Eduarda: mãe! - ela riu
Otávio: a gente não conseguiu né - eu coloquei a mão no rosto e neguei, o Junior riu e deu um beijo na minha bochecha
Ester: vou lá com a Cida pra gente preparar algo pra comermos - levantou do sofá - fiquem a vontade - passou a mão no ombro do Junior e depois do Gu e eles assentiram
Eduarda: vem aqui - me levantei e puxei a mão do Junior o fazendo levantar também - gente, já volto
Cadu: ai ai viu - revirei os olhos e fui puxando o Junior até lá fora perto da piscina, ele se sentou na espreguiçadeira e eu me sentei no meio das pernas dele
Eduarda: não tá mais bravinho comigo? - ele ficou me olhando
Junior: eu não tava bravo, tava preocupado com a sua teimosia, olha onde ela te levou né
Eduarda: vai me culpar por isso?
Junior: não, a culpa não é sua, porque o errado é aquele cara, mas você tá facilitando pra ele po - fiquei o olhando - espero que com isso acontecendo você passe a ter uma noção do quanto tudo isso é grave, você tá grávida cara, não é mais só sobre você, tu tem que se cuidar por dois agora - meus olhos encheram de lágrimas - tem que parar de achar que é a mulher maravilha e que vai conseguir resolver as coisas sozinha - secou uma lágrima que escorreu no meu rosto - eu sei que você não quer depender de ninguém na sua carreira, não quer ser ajudada ou que facilitem algo, mas porra, é uma coisa muito séria, você tem que enxergar isso
Eduarda: eu enxerguei Junior
Junior: não, não enxergou Du, você tá enxergando só agora que aconteceu tudo isso, eu sei que eu não tenho autonomia pra palpitar na sua vida - tem sim - mas seus pais também falaram pra você andar com segurança, eu te ofereci o meu e você ficou agindo como se a ameaça que aquele cara fez, te olhando no olho, não fosse séria
Eduarda: eu sei de tudo isso, eu sei que eu errei de não ter levado tão a sério, sei que errei com a minha teimosia, mas é porque eu amo o que faço e eu não quero ser refem desse cara
Junior: foi nessa que você quase virou refem no sentido literal - eu sorri de canto porque ele nunca usou essa palavra e reclamava quando eu falava porque segundo ele é uma palavra formal
Eduarda: desculpa
Junior: você não fez nada pra ter que pedir desculpa pra mim, só quero que você pense mais em ti
Eduarda: eu vou começar a pensar
Júnior: espero que pense mesmo
Eduarda: eu vou, Junior - disse um pouquinho irritada
Junior: não é pra fica brava, é pra entender só
Eduarda: e eu já entendi, o Marcelo vai ficar comigo - ele me olhou com uma cara estranha
Junior: ah, o segurança da tua mãe? - eu assenti
Eduarda: ele vai ficar comigo e ela com o Victor
Junior: ela não tem que andar com os dois?
Eduarda: deveria, mas acho que o Victor dá conta - ele ficou me olhando e me deu um selinho demorado
Junior: que bom que você aceitou isso - sorri de canto
Eduarda: não tinha outro jeito né - ele riu fraco
Junior: não dá o braço a torcer - eu ri e ele passou a mão no meu braço onde estava roxo - dói? - me olhou
Eduarda: só quando passa a mão por cima
Junior: desculpa - tirou a mão
Eduarda: agora não doeu - eu me aproximei mais dele e deitei em seu peito, ele me abraçou e deu um beijo na minha cabeça - obrigada por ter vindo tá - o olhei e ele me deu um beijo rápido
Junior: não agradece, fiquei preocupado, tinha que vir - eu sorri nos beijamos

Junior on
Quando o Cadu me ligou falando do que tinha acontecido com a Duda e perguntou se eu podia vir pra cá, é óbvio que eu disse que sim. Eu fiquei preocupado com ela, sabia que aquela ameaça era séria. Ver ela assim, em choque (é, porque ela acha que consegue disfarçar, mas tá estampado na cara dela), me deixa mal, porque ela quer fazer tudo por todo mundo e não pensa nela.
Quando ela disse que o Marcelo ficaria com ela, fiquei meio assim por achar que era um cara aleatório (vai que eu perco né), mas é um dos seguranças da mãe dela.
Estávamos abraçados lá perto da piscina (depois de eu dar um leve puxão de orelha nela) e o Cadu apareceu ali
Cadu: Du, se eu for lá no escritório será que consigo pegar as imagens lá da entrada e da garagem? - a Duda se afastou um pouquinho de mim
Eduarda: acho que sim, Ca, eles te conhecem lá, você fala que é da polícia também - ele assentiu
Cadu: era Leandro o nome que o cara falou né - mas não era Luiz?
Eduarda: que um dos caras chamou o outro, sim - ah tá
Cadu: cadê aquele cartão que veio com o chocolate?
Eduarda: tá no meu closet naquela caixa branca, pode pegar lá
Cadu: tá, eu tô lá no escritório com o pai tá - ela assentiu
Junior: se precisar de alguma coisa, só chamar hein irmão - ele assentiu e tocou na minha mão
Cadu: valeu ene jota - disse e saiu dali
Junior: eles vão investigar? - a olhei e ela me encarou assentindo
Eduarda: aqui é assim, eles sempre resolvem do jeito deles - eu ri fraco - mas prefiro assim do que fazendo a denúncia formalmente
Junior: por que?
Eduarda: porque a audiência tá marcada pro mês que vem, não quero atrasar mais isso fazendo ele se meter numa investigação por minha causa - eu ia rebater dizendo que não era por causa dela, mas deixei
Junior: zero possibilidade de você passar o caso pra outra pessoa?
Eduarda: essa aí esquece - me deu um selinho - vamos lá pra dentro, a Ágatha e o Gu estão sozinhos na sala - se levantou e me deu a mão pra eu me levantar também
Junior: você tá melhor? - passei o braço pela cintura dela
Eduarda: aham - me olhou e sorriu de canto. Entramos na casa, fomos pra sala e a Agathinha tava conversando com o Novo - vim fazer sala pra vocês - eles riram
Gustavo: tá mais tranquila Dudinha? - nós nos sentamos no sofá
Eduarda: agora sim, já me acalmei - sorriu de canto
Junior: só falta parar de ser cabeça dura - ela me olhou
Ágatha: aí é difícil - a Duda riu
Eduarda: nossa gente - rimos e ficamos ali conversando
Junior off

Cadu: Ney - apareceu ali na sala - chega aí rapidinho por favor - o Junior me olhou, eu me desencostei do braço dele, que estava atrás da minha cabeça e ele levantou
Junior: peraí - eu assenti e ele foi lá
Ágatha: o que eles estão fazendo?
Eduarda: não sei, vendo alguma coisa sobre o que aconteceu, fazendo o que eles fazem de melhor, resolvendo minha vida sem a minha presença - ela riu
Gustavo: deve ser porque sozinha você não tem as melhores decisões né - eu o olhei incrédula e ele riu
Eduarda: nossa Gustavo, não esperava isso de você
Gustavo: cê sabe que eu te amo né
Eduarda: é, eu vejo o quanto - ele riu
[...]Minha mãe nos chamou pra irmos até a sala de jantar, porqueira tinha preparado algumas coisas com a Cida pra gente comer. Como os três ainda estavam no escritório, só dei uma batidinha na porta e os chamei também [...] depois de jantarmos num clima super descontraído, meus pais se despediram da gente e subiram pra dormir. Fiquei na sala com o Júnior, Agatha, Cadu e Gustavo e ficamos conversando

Eduarda: você não vai me falar o que estavam conversando lá? - disse só pro Júnior ouvir e ele me olhou negando 

Júnior: era só pra me falar um negócio

Eduarda: sobre mim

Júnior: sim

Eduarda: e você não vai me falar?

Júnior: não - riu

Eduarda: uma coisinha só, Júnior, eu preciso saber

Júnior: se precisasse você também estaria lá - o olhei séria e ele riu passando o braço pelo meu ombro - relaxa - deu um beijo na minha bochecha

Agatha: vão ficar cochichando mesmo?

Júnior: ih, cuida da sua vida - eu ri

Agatha: me respeita menino - rimos

Cadu: duas crianças - riu

Júnior: se liga Cadu, me respeita, sou teu cunhado - eu gargalhei - ih - me olhou e me soltou

Gustavo: oloco - riu

Cadu: preciso nem falar mais nada - eu ri e abracei o Júnior

O fim da noite até que foi razoável pra quem passou pelo que eu passei na metade do dia. O Junior e o Gu foram embora por volta das 23h30 e a Ágatha dormiu comigo.

São Paulo, 16 de abril de 2018 (segunda-feira)
Deixei passar essa semana e agora estou de volta as minhas atividades do cotidiano. Fiquei a semana inteira em casa, o Junior até tentou me levar pra um jantar beneficente da AmfAr que aconteceu na sexta-feira, mas eu estava sem clima nenhum pra sair pra qualquer lugar e ele entendeu, então acabou indo sozinho com a Nadine. Hoje foi o primeiro dia que saí de casa acompanhada pelo Marcelo, ele em um carro e eu em outro, mas sempre lado a lado no caminho. Quando cheguei no escritório cumprimentei o pessoal, falei com o Alexandre, que queria saber exatamente o que tinha acontecido e se mostrou bem preocupado, mas o tranquilizei e fui na direção da minha sala. O Marcelo disse que ficaria na porta pra eu não me sentir muito invadida
Eduarda: se quiser tomar café, comer alguma coisa, é só pegar tá, fica a vontade
Marcelo: obrigado dona Eduarda - assentiu
Eduarda: para de me chamar de dona Eduarda, sei que não consegue me chamar de Duda, mas só Eduarda já tá bom - ele riu
Marcelo: tá bom, Eduarda
Eduarda: isso aí - sorri - vou lá - acenei pra ele, que assentiu com a cabeça e eu entrei na minha sala.
[...]
O dia foi bem corrido e produtivo. Conversei com a Amanda, contei o que houve semana passada e ela disse que se eu quisesse passar o caso, ela entenderia, mas eu falei que não penso em fazer isso e percebi que ela ficou aliviada.
Recolhi minhas coisas ali na sala, peguei meus celulares e sai
Eduarda: vamos? - disse ao Marcelo, que estava sentado no sofazinho de frente pra Michele e levantou super rápido, eu ri - fica tranquilo, não tem problema - ele riu arrumando o terno
Marcelo: quer que eu leve? - apontou pra minha pasta e a bolsa com meu notebook
Eduarda: não precisa, obrigada - sorri - Mi, vai pra casa você também - dei um beijo nela
Michele: daqui a pouco eu tô indo - disse arrumando algumas coisas ali - e você se cuida
Eduarda: pode deixar, beijo - mandei beijo pra ela - vamos? - disse pro Marcelo, que assentiu, se despediu da Michele e nós descemos até a garagem. O Marcelo deu uma olhada em tudo ali, eu desalarmei meu carro, ele esperou eu entrar, fechar a porta e só aí entrou no dele. Dei partida e o Marcelo veio logo atrás.







Mais um pra vocês!
Obrigada pelos comentários, eu amo muito!
Espero que estejam gostando. Comentem aí que eu já tenho mais 3 capítulos prontos  😌
Beijos! 😘